Dinâmica de serapilheira e produção de raízes finas em plantios de paricá (Schizolobium parahyba var.amazonicum) e floresta sucessional em Aurora do Pará, Amazônia Oriental.

AUTOR(ES)
FONTE

2009.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A implantação de sistemas silviculturais e agroflorestais com o paricá (Schizolobium parahyba varo amazonicum) expandiu no estado do Pará, Brasil, geralmente como alternativa para revegetação de áreas degradadas (pastos abandonados). Entretanto faltam estudos básicos sobre a ciclagem de matéria orgânica para compreender o potencial do paricá em recuperar áreas degradadas. Instalou-se um experimento na fazenda da empresa Tramontina, Aurora do Pará, para avaliar processos ligados à ciclagem da matéria orgânica, como a dinâmica da serapilheira, estoque de serapilheria e produção de raízes finas, durante 12 meses (outubro de 2007 a setembro de 2008), em tratamentos com plantios de paricá com cinco anos de idade, nos seguintes arranjos: paricá solteiro (PS), consórcio paricá + freijó (Cordia goeldiana) (PF), sistema agroflorestal com paricá, freijó e curauá (Ananas comosus varo erectifolius) (PFC). Esses tratamentos com paricá foram comparados com uma área de referência (ecossistema de floresta sucessional de 25 anos) (SUC). Os tratamentos de paricá apresentaram produção anual de serapilheira inferior a SUC (8,79 ± 0,08 Mg ha-1 ano-\ não havendo diferença significativa entre os tratamentos PS (6,05 ± 0,15 Mg ha-1), PF (6,08 ± 0,13 Mg ha-1 ano-1) e PFC (6,63 ± 0,13 Mg ha-1 ano-\ A produção mensal de serapilheira foi significativamente maior no período seco do que no chuvoso. O maior estoque de serapilheira foi identificado nos tratamentos PS (7,7 ± 1,0 Mg ha-1) e PF (7,4 ± 0,1 Mg ha-1), enquanto que SUC apresentou estoque de 5,9 ± 1,3 Mg ha-1. Esses resultados estão relacionados ao menor coeficiente de decomposição encontrado nos tratamentos com paricá. A produção de raízes finas total (vivas + mortas) foi significativamente maior nos tratamentos PS (380,3 ± 20,6 9 m-2), PF (343,0 ± 18,4 9 m-2) e PFC (265,5 ± 9,9 9 m-2) do que em SUC (107,2 ± 2,7 9 m-2). A variação da produção de raízes finas no período de estudo está associada com a variação mensal da precipitação pluviométrica; a produção de raízes finas diminuiu durante o período de maior precipitação e aumentou com a chegada do período seco. Os tratamentos com paricá mostraram boa capacidade em disponibilizar material orgânico acima e abaixo do solo. Mais especificamente, o paricá apresentou boa produção e estoque de serapilheira sobre o solo, os quais são atributos desejáveis em sistemas de recuperação de áreas degradadas.

ASSUNTO(S)

raiz paricá Árvore angiosperma schizolobium amazonicum serapilheira floresta Área degradada amazônia brasil pará aurora do pará

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