Dinamica de inovação na Argentina (1970-1995) : abertura comercial, crise sistemica e rearticulação

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Esta tese -enquadrada no campo de estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade- analiza as dinâmicas sócio-técnicas e inovativas do Sistema Nacional de Inovação argentino. Estruturase em tomo de dois eixos. O primeiro (contido no capítulo 2), consiste em propor uma abordagem metodológica adequada para a análise de dinâmicas sócio-técnicas e inovativas de Sistemas Nacionais de Inovação (SNIs). Aproveitando os desenvolvimentos recentes em economia da inovação e sociologia da tecnologia; complementando-os com ferramentas de análise de política, análise ideológica, teoria da complexidade, teoria da auto-organização; e maximizando as convergências inter-disciplinares, desenvolveu-se um framework analítico que permita dar conta da especificidade das dinâmicas inovativas em SNIs de baixa intensidade. O segundo eixo (contido nos capítulos 3 a 6) consiste em desenvolver um estudo, sobre o SNI argentino, resultante da aplicação desse framework. O caso argentino foi escolhido porque apresenta possibilidades para a aplicação de um procedimento de correlação entre uma diversidade de cenários sócio-econômicos: a) constitui (até meados dos 70) um" caso paradigmático de industrialização tardia via substituição de importações; b) em dois períodos (1978-1982 e 1991 até o presente) implementaram-se políticas de abertura comercial; e c) desde o final dos 80 participa de uma experiência de integração regional: o Mercosul. Permite testar, assim, algumas hipóteses vigentes sobre o desempenho inovativo de países periféricos. Durante o período 1970-1995, é possível diferenciar três fases na evolução do SNI argentino: a) até 1978: articulação do SNI e upgrading das trajetórias inovativas; b) de 1978 a 1990: crise sistêmica e downgrading das trajetórias; e c) de 1991 a 1995: rearticulação do SNI e consolidação de um estilo de mudança tecnológica baseado na importação de tecnologia. O SNI argentino se caracteriza por: a) processo de articulação e mudança predominantemente autoorganizado; b) adoção de um estilo de inovação baseado em inovações menores, intraplanta; c) baixo nível de sinergismo; d) alinhamento crescente em padrões tecnológicos exógenos; e) escassas interações inter-institucionais; f) escassa permeabilidade dos atores às diferentes políticas de C&T implementadas.

ASSUNTO(S)

ciencia e tecnologia tecnologia e estado ciencia e estado desenvolvimento economico

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