Digestibilidade dos nutrientes de alimentos volumosos determinada pela técnica dos sacos móveis em eqüinos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-01

RESUMO

Objetivou-se estimar a digestibilidade de nutrientes de forrageiras em eqüinos utilizando-se a técnica de sacos de náilon móveis. Foram avaliados alfafa (Medicago sativa), amendoim forrageiro (Arachis pintoi), desmódio (Desmodium ovalifolium), estilosantes (Stylosanthes guianensis), guandu (Cajanus cajan), macrotiloma (Macrotyloma axillare) e capim-coastcross (Cynodon dactylon cv. coastcross). O delineamento foi em blocos inteiramente casualizados com sete alimentos e cinco blocos (animais). Foram utilizados cinco eqüinos mestiços com 17 a 27 anos de idade e peso vivo médio de 350 kg. O ensaio teve duração de 12 dias: três para a adaptação às baias, cinco para inserção gástrica dos sacos através de sonda nasogástrica e quatro de coleta dos sacos nas fezes. No período pré-experimental de 30 dias, os animais foram mantidos em piquetes com dieta composta de 80% de feno de coastcross e 20% de concentrado. Na confecção dos sacos, utilizou-se náilon com porosidade de 45 µ e dimensão de 7,5 × 2 cm. Em cada saco, foram inseridos 510 mg de matéria seca de amostra do alimento. Os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes das forragens foram calculados considerando o resíduo obtido no saco. A digestibilidade dos nutrientes do amendoim, estilosantes e macrotiloma foram superiores à da demais forrageiras, com destaque para a digestibilidade da proteína bruta, cujos valores foram de 91,4; 94,9 e 97,0%, respectivamente. O amendoim e macrotiloma apresentaram digestibilidade da fibra em detergente neutro de 72,3 e 65,2% e da fibra em detergente ácido de 70,9 e 59,4%, respectivamente. O amendoim forrageiro, macrotiloma e estilosantes apresentam digestibilidade dos nutrientes satisfatória e têm potencial para o uso em dietas para eqüinos.

ASSUNTO(S)

cavalos digestão fibra forragem

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