Dificultades de acceso al aborto en contextos de interrupción legal del embarazo: narrativa de estudiantes de bachillerato en una comunidad campesina de México

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/03/2019

RESUMO

Resumo: Neste trabalho são analisadas as crenças e práticas entre jovens estudantes do Ensino Médio que procuram ou consideram a possibilidade de interromper uma gravidez. Foram selecionados estudantes de uma escola pública localizada em una comunidade rural e camponesa da Cidade do México, México. Estudo etnográfico de caráter construtivista, baseado em entrevistas em profundidade a 15 mulheres entre 18 e 24 anos de idade, com vida sexual ativa. As entrevistas foram gravadas com autorização e com o consentimento informado dos participantes. Os resultados indicam que persistem estigmas sociais que afetam a dignidade das mulheres que escolheram abortar. Entretanto, as ideologias católicas no parecem ser persuasórias para que as informantes resolveram continuar com a gravidez indesejada. De qualquer forma, a ausência de confidencialidade nas clínicas pode levar as jovens a optar por espaços clandestinos o pela automedicação, normalmente baseada em medicina natural ou comprimidos abortivos. Foi significativo que as informantes reconheceram que não fizeram uso de preservativos e que eventualmente usam anticonceptivos orais. O sistema de saúde público na comunidade nem sempre garante o sigilo para interromper legalmente uma gravidez, por isso não é contemplado pelas jovens entrevistadas como a primeira opção para interromper a gestação. Por outro lado, e imprescindível a consolidação de projetos educativos em sexualidade que permitam as jovens evitar gravidezes indesejadas e que possam ser livres para exercer plenamente seus direitos sexuais e reprodutivos. Além disso, é importante incluir ações relativas a sensibilização e capacitação de profissionais das instituições de ensino.Abstract: In this article, we analyze beliefs and practices among young high school students who seek out or consider the possibility of terminating a pregnancy. We selected students from a public school located in a rural, peasant community in México City, México. This is a constructivist ethnographic study based on in-depth interviews with 15 sexually-active women aged between 18 and 24 years. The interviews were recorded with participants’ authorization and informed consent. Results indicate that social stigmas persist which affect the dignity of women who have chosen to have an abortion. However, Catholic ideologies do not seem persuasive for participants who chose to carry the unwanted pregnancy to term. In any case, the absence of confidentiality in the clinics may lead young women to opt for clandestine spaces or for self-medication, usually based on natural medicine or abortive pills. Significantly, participants acknowledged that they did not use condoms and that they occasionally use oral contraceptives. The public health system in the community does not always guarantee confidentiality for legal terminations, for this reason participants do not consider it the first option for having an abortion. On the other hand, sexual education projects are indispensable for enabling young women to avoid unwanted pregnancies and to freely exercise their sexual and reproductive rights. Additionally, actions are needed for sensitizing and training education workers.

Documentos Relacionados