Differences in quality of life and cognition between the elderly and the very elderly hemodialysis patients

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/03/2019

RESUMO

Resumo Introdução: Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo no número de pacientes idosos com doença renal crônica iniciando hemodiálise. Assim, nosso objetivo foi avaliar o perfil de idosos em hemodiálise crônica e comparar a cognição e a qualidade de vida dos idosos com as de muito idosos. Métodos: Pacientes em hemodiálise havia pelo menos 3 meses, que tinham 65 anos ou mais quando começaram o tratamento dialítico foram convidados a participar, e estratificados de acordo com a idade (menores ou maiores de 80 anos). Os participantes responderam a um questionário clinico-epidemiológico e foram submetidos a testes cognitivos (miniexame do estado mental [MEEM], teste do relógio [TDR] e teste de fluência verbal [TFV]) e a uma avaliação de qualidade de vida 36-Item Short Form Health Survey). Resultados: Dos 125 pacientes elegíveis, 124 concordaram em participar. A idade média foi de 76 ± 6 anos (28% ≥ 80 anos), 56% eram homens e 55% tinham ≥ 8 anos de escolaridade. Depressão foi sugerida em 38%. A prevalência de déficit cognitivo foi 38%, 70% e 30%, pelo MEEM, TDR e TFV, respectivamente. A prevalência de qualquer déficit foi maior entre os muito idosos (94% vs. 72%, p = 0,007). Os escores de qualidade de vida foram semelhantes entre os dois grupos etários, exceto pelo domínio da capacidade funcional, pior no grupo com ≥ 80 anos (p = 0.033). Conclusão: Os pacientes idosos em hemodiálise crônica apresentam elevada prevalência de déficit cognitivo, especialmente os muito idosos, mas esse grupo não possui pior qualidade de vida, exceto pelo aspecto da capacidade funcional.Abstract Introduction: In the last decades, there was an expressive increase in the number of elderly patients with chronic kidney disease starting hemodialysis. Thus, our goal was to evaluate the profile of the elderly in chronic hemodialysis and to compare the cognition and quality of life of the younger elderly with those of the very elderly. Methods: Patients on hemodialysis for at least 3 months, who were 65 years of age or older when they started dialysis were invited to participate, and stratified according to age (under or over 80 years). The participants answered a clinical-epidemiological questionnaire and underwent cognitive tests (Mini Mental State Exam [MMSE], clock drawing test [CDT] and verbal fluency test [VFT]) and a quality of life assessment 36- Item Short Form Health Survey). Results: Of the 125 eligible patients, 124 agreed to participate. The mean age was 76 ± 6 years (28% ≥ 80 years), 56% were men and 55% had ≥ 8 years of schooling. Depression was suggested in 38%. The prevalence of cognitive deficit was 38%, 70% and 30%, by MEEM, CDT and VFT, respectively. The prevalence of any deficit was higher among the very elderly (94% vs. 72%, p = 0.007). Quality of life scores were similar between the two age groups, except for the functional capacity domain, worse in the group with ≥ 80 years (p = 0.033). Conclusion: Elderly patients on chronic hemodialysis have a high prevalence of cognitive deficits, especially the very elderly, but this group does not have a worse quality of life, except for functional capacity.

Documentos Relacionados