Diferenciais intra-urbanos de mortalidade: Camaragibe 1999-2003

AUTOR(ES)

Jacyra Salucy Antunes Ferreira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

No quadro da heterogeneidade do perfil epidemiolÃgico das cidades, um critÃrio fundamental para a identificaÃÃo dos determinantes da diversidade epidemiolÃgica sÃo as condiÃÃes de vida, relacionadas à dimensÃo espacial de ocupaÃÃo do espaÃo urbano e rural, à morbidade, à densidade populacional nas periferias urbanas, Ãs condiÃÃes de alimentaÃÃo, habitaÃÃo, saneamento, transporte e meio ambiente, entre outras. Com o objetivo de conhecer as condiÃÃes de vida da populaÃÃo e a situaÃÃo de mortalidade segundo sexo, idade, grupos de causas e causas especÃficas de morte no municÃpio de Camaragibe no perÃodo de 1999 a 2003, utilizou-se um estudo do tipo ecolÃgico. Para tanto, foram construÃdos indicadores de condiÃÃo de vida e de mortalidade, utilizando-se as variÃveis do censo demogrÃfico de 2000 (populaÃÃo, renda, educaÃÃo e saneamento) e do Sistema de Mortalidade (SIM). Construiu-se um indicador de condiÃÃo de vida (IC-CV) a partir da anÃlise fatorial das variÃveis independentes: renda, saneamento e educaÃÃo para os Setores CensitÃrios (SC), sendo agrupados em trÃs estratos de condiÃÃo de vida, atravÃs da tÃcnica de Cluster. O IC-CV das RPA (s) foram calculados a partir das mÃdias de seus SC. Para a anÃlise da situaÃÃo de mortalidade, utilizou-se como unidade de anÃlise as RPA(s) correspondendo a cinco unidades espaciais. Realizou-se uma anÃlise descritiva das condiÃÃes de vida e de mortalidade ressaltando-se os diferenciais encontrados à luz das condiÃÃes de vida. Evidenciou-se que apenas trÃs, dentre os 97 SC estudados, estavam classificados no estrato 3 (pior condiÃÃo de vida), estando todos localizados na RPA V. As demais RPA(s) apresentaram uma composiÃÃo variÃvel entre os estratos 1 e 2. A RPA III apresentou o melhor IC-CV, enquanto que a RPA V o pior IC-CV. O comportamento da mortalidade apresentou variaÃÃes em funÃÃo da RPA de residÃncia, porÃm para alguns dos indicadores esses diferenciais nÃo foram muito claros. Os resultados do estudo sugeriram que os diferenciais de mortalidade estavam polarizados nas regiÃes do municÃpio, necessitando de maior aprofundamento dessa anÃlise utilizando uma unidade mais desagregada

ASSUNTO(S)

inequality desigualdade saude coletiva mortality condiÃÃes de vidas living conditions epidemiological dissimilarities dissiminaÃÃo epidemiologica urbanization mortalidade , urbanizaÃÃo

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