Diferenciação de preços como estratégia de reação ao novo protecionismo: o caso da siderurgia brasileira no período de 1990 a 2002

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Esta dissertação analisa a diferenciação de preços entre as vendas domésticas e as exportações como instrumento de reação da indústria siderúrgica brasileira às barreiras não tarifárias aplicadas pelos Estados Unidos da América. A intensidade dos custos fixos e as especificidades do processo de produção permitem à siderurgia brasileira reagir ao protecionismo dos EUA menos pela redução de volumes exportados do que pela prática de preços mais baixos nas exportações, de modo a manter a quantidade vendida total e o mark up total nos níveis desejados. Em indústrias intensivas em capital fixo, é possível aplicar elevadas taxas de mark up, no sentido kaleckiano do termo, ou seja, a fixação do preço de venda com o acréscimo desejado sobre o preço de custo. Orepasse dos custos primários de produção (mão-de-obra e insumos básicos) para o preço de venda dos aços no mercado doméstico tem sido feito de forma mais que proporcional pela indústria siderúrgica brasileira, de modo a permitir a oferta de preços menores nas vendas para os EUA. Diante das barreiras protecionistas, a discriminação de preços entre mercados permite à siderurgia nacional manter a posição relativa de suas exportações no mercado norte-americano e preservar a rentabilidade geral desejada

ASSUNTO(S)

exportações vendas domésticas precos siderurgia economia protecionismo e livre cambio

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