Diferenças regionais nas condições de controle de infecções em uma amostra de serviços de atenção primária no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/11/2017

RESUMO

As diretrizes internacionais destacam a importância do ambiente físico dos serviços de saúde para prevenir e controlar as infecções. Procuramos descrever o ambiente físico em serviços de saúde bucal no Brasil em 2014, com enfoque nas características programadas para controlar as infecções. Precisamente 16.202 consultórios odontológicos no Sistema Único de Saúde (SUS) participaram na pesquisa. Pesquisadores treinados coletaram informações sobre as características do controle de infecções nesses serviços de saúde, utilizando um instrumento padronizado. Utilizamos dados de 12 perguntas dicotômicas que avaliavam as condições das paredes, piso, pia e torneira e a presença e as condições do equipamento de esterilização. Calculamos um escore pela soma do número de características administradas adequadamente para o controle de infecções, variando de 0 a 12. Foram desenvolvidas análises hierárquicas de clusters. Nenhum dos 12 critérios foi atendido por todas as equipes de saúde bucal. Apenas 208 (1,3%) dos consultórios odontológicos realizavam todas as 12 práticas de controle de infecções. Foram identificados dois clusters com distintas frequências de estruturas para controle de infecções nos consultórios odontológicos. As regiões Sul e Sudeste mostraram as maiores frequências no Cluster 1, com melhor estrutura de controle de infecções nos consultórios odontológicos. De maneira geral os serviços de saúde bucal não atendiam as diretrizes para o controle de infecções, referentes à planta física e equipamento dos consultórios. A aderência às diretrizes variava de acordo com a região do país.

ASSUNTO(S)

assistência à saúde atenção primária à saúde controle de infecções

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