Diferenças na morbidade referida entre sexos: evidências de um estudo de base populacional no Sul do Brasil
AUTOR(ES)
Mendoza-Sassi, Raúl A., Béria, Jorge U.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-02
RESUMO
O estudo teve como objetivo avaliar que diferenças ocorrem na morbidade referida entre homens e mulheres, utilizando seis medidas diferentes de morbidade. O estudo de tipo transversal foi realizado no Município de Rio Grande, Sul do Brasil. Foram coletados dados demográficos, sócio-econômicos de uma amostra probabilística de 1.260 pessoas com 15 anos ou mais. Para fins estatísticos foi utilizada a regressão de Poisson. Após ajustar para variáveis de confusão, observou-se que as mulheres apresentavam maior risco de referir um sintoma (RP = 3,21; IC95%: 2,71-3,83), de ter três ou mais sintomas (RP = 4,22; IC95%: 2,97-5,98), de ter um sintoma potencialmente sério (RP = 1,75; IC95%: 1,31-2,34), de apresentar uma percepção do estado de saúde pobre ou regular (RP = 1,78; IC95%: 1,37-2,32) e de sofrer de distúrbios psiquiátricos menores (RP = 1,76; IC95%: 1,31-2,37). O estudo aponta para a existência de diferenças entre os sexos na morbidade referida, mas com magnitudes diferentes conforme o tipo de medida de morbidade utilizada. Este excesso pode ser explicado pelas variações que ocorrem no comportamento na procura de cuidados em saúde (percepção e/ou informação de problemas de saúde) entre mulheres e homens.
ASSUNTO(S)
gênero aceitação pelo paciente de cuidados de saúde morbidade
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