Diferenças e semelhanças entre os conceitos de felicidade em Epicuro e Sêneca / Differences and similitutes between the concepts of happiness in Epicurus and Seneca

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/03/2012

RESUMO

Inicialmente o propósito do trabalho era apenas definir e comparar os conceitos de felicidade para dois autores dos período helenístico, distantes no tempo e afastados por um universo cultural: o grego Epicuro e o romano Sêneca. Mas a hipótese inaugural da tese exigiu que se fosse além, primeiro operando com um conceito encontrado no inverso ou negativo do conceito inicial, ou seja, a infelicidade, e depois lidando com as razões que fundamentam a movimentação dos autores pesquisados, isto é, os motivos pelos quais eles se dedicaram a tal tema em particular. Esse impulso secundário levou-nos a um estágio ulterior, que foi a caracterização do universo no qual existiram os pensadores, pois descobrimos ter sido ele o responsável pela pergunta acerca da felicidade tanto em um quanto em outro caso. Quer dizer, a produção filosófica tinha uma base histórico-social e em segundo plano acadêmica. Esta situação nos forçou a, por fim, determinar o que é um produto filosófico helenístico, já que a motivação dos autores se deveu tanto ao entorno no qual se viam envolvidos, que assim deveriam trazer a marca desse tempo (a preocupação com a felicidade gerou, inclusive, manuais de vida produzidos pelos homens de baixa cultura), separando-o, por exemplo, do tempo imediatamente anterior, a chamada época clássica. Particularizando o assunto, estabelecemos que Sêneca foi mais do que um leitor de Epicuro, e assim as suas idéias em relação ao problema da felicidade são tributárias relativamente às idéias de Epicuro sobre o tema. Por outro lado, em ambos os autores é preciso uma leitura ulterior a suas próprias falas para completar a sua definição de felicidade, pois a base dessa, o retiro da vida civil, não está relacionado em tal definição. E ainda, vemos que a virtude ideal, cultivada pelos estóicos radicais, como Crisipo, e entendida como a própria felicidade, cede lugar a uma virtude do possível em Sêneca e que em Epicuro a luta pela felicidade encontra sentido no esmagamento dos desejos.

ASSUNTO(S)

felicidade filosofia antiga helenismo happiness ancient philosophy hellenistic

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