Diferenças de gênero nas associações de trauma na infância e apego no transtorno do pânico
AUTOR(ES)
Seganfredo, Ana Carolina Gaspar, Torres, Mariana, Salum, Giovanni Abrahão, Blaya, Carolina, Acosta, Jandira, Eizirik, Cláudio, Manfro, Gisele Gus
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
07/08/2009
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre trauma na infância e qualidade do vínculo parental em pacientes com transtorno de pânico comparados com controles. MÉTODO: 123 pacientes e 123 controles pareados foram avaliados através do Mini International Neuropsychiatric Interview, do Childhood Trauma Questionnaire e do Parental Bonding Instrument. RESULTADOS: As escalas Parental Bonding Instrument e Childhood Trauma Questionnaire mostraram-se altamente correlacionadas. Pacientes com transtorno de pânico apresentaram elevadas taxas de abuso emocional (OR = 2,54; p = 0,001), superproteção materna (OR = 1,98; p = 0,024) e superproteção paterna (OR = 1,84; p = 0,041) quando comparados ao grupo controle. De acordo com o gênero, nos homens, apenas a superproteção materna permanece independentemente associada ao transtorno de pânico (OR = 3,28; p = 0,032). Já as mulheres com transtorno de pânico descreveram mais frequentemente o pai como sendo superprotetor (OR = 2,2; p = 0,017) e pouco amoroso (OR = 0,48; p = 0,039) e referiram mais negligência emocional em comparação aos controles. CONCLUSÃO: Altas taxas de diferentes tipos de trauma, especialmente abuso emocional, foram encontradas em pacientes com transtorno de pânico quando comparados com o grupo controle. As diferenças com relação ao gênero e ao vínculo parental podem ser explicadas à luz da teoria psicodinâmica.
ASSUNTO(S)
apego ao objeto ansiedade meio ambiente transtorno do pânico gênero e saúde
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