Dieta e alimentação de peixes no rio Grande, a jusante da barragem de Volta Grande, MG/SP

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

Comparamos um modelo clássico de alimentação de peixes tropicais com os resultados de amostragens bimestrais com redes de espera de diversas malhas, vistoriadas a cada doze horas durante quarenta e oito horas. Os estômagos dos peixes coletados foram classificados em três categorias, de acordo com a quantidade de alimento. A quantidade de gordura depositada na cavidade abdominal, relacionada ao acúmulo de reservas energéticas, também foi estudada. Foram determinadas as freqüências relativas bimestrais dos diferentes graus de repleção estomacal e de gordura visceral acumulada para avaliar a dinâmica da atividade alimentar das espécies. Os estômagos considerados repletos foram examinados para registrar a composição da dieta. Para determinar a importância relativa dos diferentes itens alimentares foi empregado o índice Grau de Preferência Alimentar, um método útil em casos em que existam dificuldades de determinar para várias espécies, numa base comum, o número, peso ou volume dos itens alimentares, situação comum quando se trata de comparar a dieta de espécies com hábitos alimentares distintos. As espécies de peixes das quais foi amostrada a maioria dos estômagos foram Serrasalmus spilopleura (Characidae), Loricaria prolixa (Loricaridae), Schizodon nasutus (Anostomidae) e Pimelodus maculatus (Pimelodidae). Nosso estudo mostrou algumas diferenças quanto à composição da dieta em relação a um modelo clássico para ambientes tropicais, como a importância de macrófitas aquáticas, a escassez de espécies piscívoras e a pequena participação de vegetação alóctone na dieta das espécies estudadas.

ASSUNTO(S)

peixe alimentação reservatórios grau de preferência alimentar

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