Diet and trophic structure of the fish fauna in a subtropical ecosystem: impoundment effects

AUTOR(ES)
FONTE

Neotrop. ichthyol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013

RESUMO

Neste estudo foram avaliadas a dieta e a estrutura trófica da ictiofauna em escala temporal e espacial, sob efeito do represamento do rio Iguaçu, na região de Salto Caxias, Paraná, Brasil. Para tanto, foram realizadas amostragens nas fases pré (março/97 a fevereiro/98) e pós represamento (março/99 a fevereiro/00) em quatro pontos de coleta. Os conteúdos estomacais foram avaliados pelo método volumétrico. As espécies foram organizadas em 10 guildas tróficas: algívora, carcinófaga, detritívora, herbívora, insetívora aquática, insetívora terrestre, invertívora, omnívora, piscívora e planctívora, sendo a primeira e a última representadas apenas após o represamento. Os padrões de similaridade e alterações na dieta foram sintetizados através da ordenação multidimensional não paramétrica (nMDS) e estatisticamente testados pela análise de variância permutacional (PERMANOVA). Foram constatadas alterações na dieta da maioria das espécies, com exceção das piscívoras e detritívoras. Essas alterações foram relacionadas ao fator temporal (fases do represamento), configuradas como redução no consumo de organismos bentônicos e alimentos alóctones, os quais foram geralmente substituídos por recursos provenientes do próprio ambiente (algas, microcrustáceos e peixes), simplificando o espectro alimentar. Diferentes recursos alimentares indicadores (IndVal) corroboram essas alterações na composição alimentar das espécies antes e após o represamento. As proporções na abundância (número e biomassa) das guildas tróficas avaliadas com base na captura por unidade de esforço (CPUE) e testadas pela ANOSIM foram significativamente diferentes antes e após o represamento. As guildas herbívora e piscívora foram as que mais contribuíram (SIMPER) para essas diferenças, especialmente o elevado incremento em biomassa da guilda piscívora após o represamento. As variações na abundância das guildas tróficas foram mais relacionadas às alterações no hábito alimentar da fauna de peixes, do que propriamente aos incrementos em número e em biomassa das espécies que anteriormente compunham tais guildas.

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