Diagnósticos e intervenções de enfermagem em saúde mental na consulta ambulatorial

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O objetivo do trabalho foi identificar os diagnósticos de enfermagem (DE) e as intervenções para clientes que consultaram no Programa de Enfermagem em Saúde Mental Ambulatorial (PESMA) e verificar a associação entre características demográficas e clínicas da população atendida com os DE e as intervenções implementadas. Trata-se de um estudo transversal que avaliou 40 clientes. Os dados demográficos, os clínicos, os DE e as intervenções foram coletados após a consulta conforme um instrumento elaborado para padronizar a coleta. Observou-se o predominou do sexo feminino em 90% (n=36), com média de idade (Desvio Padrão) de 54,4 (DP=16,4) anos. A maioria (70%) fazia uso de pelo menos um tipo de medicação (n=28) e apresentava no mínimo um diagnóstico médico (n=36; 90%). Identificou-se um total de 14 DE diferentes, com média de 1,5 (DP=0,55) por cliente e os mais frequentes foram: “Interação Social Prejudicada” em 40% (n=16), “Ansiedade” em 35% (n=14) e “Autocontrole Ineficaz da Saúde” em 27,5% (n=11). Ocorreram 23 intervenções diferentes, com média de 1,93 (DP=1,12) por cliente e as de maior frequência foram: “Modificação do Comportamento: habilidades sociais” e “Assistência no Auto Cuidado” ambos em 27,5% dos clientes (n=11). Foi encontrada associação significativa entre os DE e as intervenções (p<0,05), porém não ocorreu associação com as características clínicas dos clientes (uso de medicação e diagnóstico médico). O estudo demonstrou que a sistematização da assistência na consulta de enfermagem em saúde mental permite nomear com maior clareza os focos do cuidado e confirmou que os DE e intervenções estão embasados na avaliação clínica realizada pelo enfermeiro em consulta ambulatorial de saúde mental.

ASSUNTO(S)

diagnóstico de enfermagem enfermagem em saúde mental consulta de enfermagem

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