Diagnóstico postmortem de demência mediante entrevista com informante
AUTOR(ES)
Ferretti, Renata Eloah de Lucena, Damin, Antonio Eduardo, Brucki, Sonia Maria Dozzi, Morillo, Lilian Schafirovits, Perroco, Tibor Rilho, Campora, Flávia, Moreira, Eliza Guccione, Balbino, Érika Silvério, Lima, Maria do Carmo de Ascenção, Battela, Camila, Ruiz, Lumena, Grinberg, Lea Tenenholz, Farfel, José Marcelo, Leite, Renata Elaine Paraiso, Suemoto, Claudia Kimie, Pasqualucci, Carlos Augusto, Rosemberg, Sérgio, Saldiva, Paulo Hilário Nascimento, Jacob-Filho, Wilson, Nitrini, Ricardo
FONTE
Dement. neuropsychol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
Resumo Os diagnósticos de cognição normal ou de demência dos casos do Banco de Encéfalos do Grupo Brasileiro de Estudos de Envelhecimento Cerebral tem se baseado em entrevista realizada com informante. Objetivos: Verificar a sensibilidade e especificidade do diagnóstico postmortem baseado em entrevista com informante quando comparado com o diagnóstico estabelecido em clínica de memória. Métodos: Um estudo prospectivo foi conduzido no Banco de Encéfalos e no Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos (CEREDIC), uma clínica especializada do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Indivíduos controle e cognitivamente comprometidos foram encaminhados pelo Hospital das Clínicas ao CEREDIC onde os indivíduos foram avaliados e os informantes entrevistados. O mesmo informante foi então entrevistado pela equipe do Banco de Encéfalos. Consenso em painel de especialistas, em cada centro, estabeleceu o diagnóstico final em cada caso, sem conhecimento do diagnóstico do outro centro. Os diagnósticos foram comparados, admitindo-se o diagnóstico estabelecido no CEREDIC como padrão-ouro. Sensibilidade e especificidade foram calculadas. Resultados: 90 indivíduos foram incluídos, 45 com demência e 45 não-dementes (26 cognitivamente normais e 19 com comprometimento cognitivo sem demência). A entrevista realizada no Banco de Encéfalos teve sensibilidade de 86,6% e especificidade de 84,4% para o diagnóstico de demência e sensibilidade de 65,3% e especificidade de 93,7% para o diagnóstico de cognição normal. Conclusões: A entrevista com informante realizada no Banco de Encéfalos do Grupo Brasileiro de Estudos de Envelhecimento Cerebral tem altas sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de demência e alta especificidade para o diagnóstico de cognição normal.
ASSUNTO(S)
banco de encéfalos diagnóstico postmortem demência envelhecimento entrevista com informante.
Documentos Relacionados
- Estudo de confiabilidade da versão em português de uma entrevista estruturada para o diagnóstico de demência
- O uso de antipsicóticos em pacientes com diagnóstico de demência
- A pessoa com o diagnóstico de uma condição genética como informante-chave do campo das doenças raras - uma perspectiva pela sociologia do diagnóstico
- A Escala de Avaliação de Demência (DRS) e o diagnóstico de demência vascular
- Desafios no diagnóstico de demência: conclusões do Workshop de Demência Reino Unido-Brasil