Diagnóstico laboratorial de leucemia mielomonocítica crônica agudizada em associação com leucemia linfocítica crônica: aspectos morfológicos e imunofenotípicos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

A Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC) é uma desordem clonal de células-tronco hematopoiéticas caracterizada principalmente por monocitose absoluta no sangue periférico. Esta doença pode apresentar características de síndromes mielodisplásicas e de doenças mieloproliferativas. De acordo com a classificação estabelecida pela OMS, a LMMC está inserida no grupo de neoplasias mieloproliferativas/mielodisplásicas e seu diagnóstico requer a presença de monocitose persistente no sangue periférico e sinais de mielodisplasia envolvendo uma ou mais linhagens mieloides. Além disso, deve apresentar ausência de cromossomo Philadelphia ou fusão BCR/ABL e menos de 20% de blastos no sangue e na medula óssea. Fenotipicamente, as células presentes na LMMC podem apresentar antígenos de membrana como o CD33 e o CD13, forte expressão de CD56 e CD2 e expressão variável de HLA-DR, CD36, CD14, CD15, CD36, CD68 e CD64, sendo que um aumento da expressão de CD34 pode estar associada a uma transformação para leucemia aguda. Alterações citogenéticas são frequentes na LMMC e mutações moleculares como NRAS já foram identificadas. O presente artigo trata-se de um estudo de caso de uma LMMC agudizada, diagnosticada através de achados morfológicos e fenotípicos que, embora sugiram uma Leucemia Monocítica Aguda, pôde ser diferenciada através de uma minuciosa análise da morfologia celular. Além disso, foram encontradas células típicas de Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), tornando este caso um achado raro.

ASSUNTO(S)

leucemia mielomonocítica crônica leucemia mielomonocítica aguda leucemia linfocítica crônica de células b relato de caso

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