Diagnóstico e tratamento da síndrome do choque tóxico estreptocócico em unidade de terapia intensiva pediátrica: relato de caso
AUTOR(ES)
Carvalho, Haroldo Teófilo de
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
20/01/2020
RESUMO
RESUMO Dentre as infecções causadas por Streptococcus β hemolyticus do grupo A de Lancefield, talvez a síndrome do choque tóxico seja a mais grave, com alto índice de mortalidade. A semelhança clínica com outras formas de choque, principalmente séptico, pode, muitas vezes, confundir o avaliador e interferir na escolha da terapêutica mais adequada. Esse relato tem o objetivo de auxiliar seus leitores quanto à necessidade de adicionar tal síndrome como diagnóstico diferencial, frente a quadros de choque, principalmente aqueles que não apresentam manifestações clínicas bem definidas. Para isso, apresentamos o quadro de um lactente com sintomas gripais comuns, que evoluiu rapidamente com exantema, rebaixamento do nível de consciência, sinais clínicos e laboratoriais de choque, com necessidade de suporte intensivo. Além de culturas indicando o agente etiológico, o aparecimento de exantema e fasciíte necrosante levou ao diagnóstico, mas, em menos de 50% dos casos temos sinais clínicos clássicos dessa entidade. As penicilinas em terapia combinada com aminoglicosídeos ainda são a terapia de escolha e possuem alto nível de evidência. Apesar da gravidade a evolução foi satisfatória.ABSTRACT Among the infections caused by Streptococcus β hemolyticus from the Lancefield serogroup A, toxic shock syndrome is perhaps the most severe, and its mortality rate is high. Its clinical similarity to other forms of shock, especially septic shock, can often confuse the evaluator and interfere with the selection of the most appropriate therapy. This report aims to inform readers of the need to add this syndrome as a differential diagnosis in cases of shock, especially those with no well-defined clinical manifestations. For this purpose, we present the case of an infant with common flu-like symptoms who progressed rapidly with a rash, a reduced level of consciousness and clinical and laboratory signs of shock that required intensive support. In addition to cultures indicating the etiological agent, the appearance of exanthema and necrotizing fasciitis led to the diagnosis. However, less than 50% of cases present classic clinical signs of this entity. Penicillins combined with aminoglycosides are still the therapy of choice and are supported by a high level of evidence. Despite the severity of this patient's presentation, the progression was satisfactory.
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