Diagnóstico e sorologia de raiva em morcegos do Estado de São Paulo, Brasil
AUTOR(ES)
Almeida, Marilene Fernandes de, Martorelli, Luzia Fátima Alves, Sodré, Miriam Martos, Kataoka, Ana Paula Arruda Geraldes, Rosa, Adriana Ruckert da, Oliveira, Maria Lucia de, Amatuzzi, Elizabeth
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
01/04/2011
RESUMO
INTRODUÇÃO: Morcegos são um dos mais importantes reservatórios e vetores do vírus da raiva no mundo. MÉTODOS: No período entre 1998 e 2003, o Centro de Controle de Zoonoses da Cidade de São Paulo realizou o diagnóstico de raiva em 5.670 morcegos utilizando as técnicas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos. Sangue foi coletado de 1.618 espécimes para pesquisa de anticorpos pela técnica de inibição de foco de fluorescência rápida. RESULTADOS: Quarenta e quatro (0,8%) morcegos foram positivos para raiva. A prevalência de anticorpos foi de 5,9% usando 0,5UI/ml como ponto de corte. Os morcegos de hábito alimentar insetívoro (69,8%) e os morcegos da espécie Molossus molossus (51,8%) representaram a maioria da amostra. Entretanto, as mais altas prevalências de anticorpos foram observadas nos morcegos Glossophaga soricina (14/133), Histiotus velatus (16/60), Desmodus rotundus (8/66), Artibeus lituratus (5/54), Nyctinomops macrotis (3/23), Tadarida brasiliensis (3/48), Carollia perspicillata (3/9), Eumops auripendulus (2/30), Nyctinomops laticaudatus (2/16), Sturnira lilium (2/17) e Eumops perotis (1/13). A prevalência de anticorpos foi analisada por espécie, hábito alimentar e sexo. CONCLUSÕES: O expressivo nível de anticorpos associado à baixa positividade para o vírus da raiva entre os morcegos estudados indica que o vírus circula ativamente entre morcegos.
ASSUNTO(S)
raiva quiróptero diagnóstico soroprevalência brasil
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