Diagnóstico diferencial em dor facial atípica: estudo clínico

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar uma amostra de pacientes com dor facial atípica (DFA) e compará-la a outra com dor facial sintomática (DFS). MÉTODO: 41 pacientes com diagnóstico prévio de DFA foram submetidos a um protocolo padronizado de avaliação aplicado por uma equipe multidisciplinar. RESULTADOS: 21 (51,2%) foram mantidos com o diagnóstico de DFA e 20 (48,8%) (DFS) receberam os seguintes diagnósticos: 8 (40.0%) tinham disfunções temporomandibulares (DTM); 3 (15,0%) tinham DTM associada a doença sistêmica (fibromialgia, lupus eritematoso sistêmico); 4 (20,0%) tinham neuropatia após cirurgia otorrinolaringológica (ORL) para tumor petroclival; 2 (10,0%) tinham síndrome de Wallenberg; 1 (5,0%) tinha um tumor intracraniano; 1 (5,0%) tinha câncer oral (carcinoma epidermóide), e 1 (5,0%) tinha síndrome da ardência bucal (SAB) associada à fibromialgia. Expressões espontâneas utilizadas para a dor não diferiram entre os 2 grupos (p=0,82). Alodínia foi freqüente nos doentes com DFS (p=0,05) e emoções foi o fator desencadeante mais comum no grupo com DFA (p=0,06). Doentes com DFA apresentaram mais eventos traumáticos anteriores ao início da dor (p=0,001). CONCLUSÃO: Pacientes com DFA apresentaram mais: a) eventos traumáticos anteriores à cirurgia e b) emoções como fator desencadeante de dor. Estes dados realçam a necessidade de profissionais treinados em dor nas equipes multidisciplinares para o diagnóstico preciso e tratamento adequado desses doentes.

ASSUNTO(S)

dor facial atípica dor orofacial dor facial neuralgia do trigêmeo tumor articulação temporomandibular

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