DiagnÃsticos de enfermagem em pacientes internados por acidente vascular encefÃlico / Nursing diagnosis in patients with stroke

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/12/2008

RESUMO

A identificaÃÃo dos diagnÃsticos de enfermagem contribui para o planejamento das intervenÃÃes de enfermagem necessÃrias no intuito de prevenir e reduzir as incapacidades e recuperar a saÃde. Objetivou-se analisar o perfil de diagnÃsticos de enfermagem em pacientes com acidente vascular encefÃlico durante a hospitalizaÃÃo. Estudo transversal, realizado no perÃodo de outubro de 2007 a abril de 2008, com 91 pacientes com acidente vascular encefÃlico, internados na emergÃncia de um hospital geral localizado na cidade de Fortaleza-CearÃ. Estabeleceram-se como critÃrios de inclusÃo: a) estarem internados pelo diagnÃstico mÃdico de acidente vascular encefÃlico independente do tipo; b) terem idade igual ou superior a 18 anos; c) nÃo terem histÃria prÃvia de acidente vascular encefÃlico. Como critÃrio de exclusÃo estabeleceu-se apenas um: pacientes que durante a coleta de dados apresentarem situaÃÃes de emergÃncia com risco de morte. Para a coleta de dados utilizou-se um formulÃrio submetido à validaÃÃo de conteÃdo com quatro enfermeiras especialistas em diagnÃsticos de enfermagem ou no cuidado aos pacientes com acidente vascular encefÃlico. As informaÃÃes foram coletadas por meio de entrevista, exame fÃsico e consulta ao prontuÃrio. Para nomeaÃÃo dos diagnÃsticos de enfermagem seguiu-se como referÃncia a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association publicada em 2008. Compilaram-se os dados no Excel e fez-se a anÃlise estatÃstica no programa SPSS. O nÃvel de significÃncia adotado no estudo foi 5%. Quanto aos dados sociodemogrÃficos, conforme verificou-se, estes pacientes eram predominantemente do sexo feminino, aposentados, catÃlicos, viviam com companheiro e com baixa escolaridade e baixa renda. O acidente vascular tipo isquÃmico predominou no grupo (45,9%), seguido pelo tipo hemorrÃgico (38,5%). Segundo constatou-se, esses pacientes apresentaram uma mediana de dez diagnÃsticos de enfermagem e uma mÃdia de onze caracterÃsticas definidoras, seis fatores relacionados e cinco fatores de risco. Os diagnÃsticos de enfermagem mais freqÃentes foram: Risco de infecÃÃo (96,7%), DÃficit no autocuidado para banho/higiene (76,9%), DÃficit no autocuidado para higiene Ãntima (74,7%), DÃficit no autocuidado para vestir-se/arrumar-se (71,4%), ComunicaÃÃo verbal prejudicada (62,6%), PerfusÃo tissular ineficaz â tipo cerebral (59,3%), Risco de integridade da pele prejudicada e Mobilidade no leito prejudicada (52,7%) e Risco de aspiraÃÃo (50,5%). De modo geral, o perfil encontrado neste estudo à semelhante aos descritos em outros estudos com pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Com exceÃÃo do diagnÃstico de enfermagem Risco de infecÃÃo, os demais mostraram associaÃÃo estatisticamente significante entre si. A totalidade das caracterÃsticas definidoras e dos fatores relacionados revelou associaÃÃo estatÃstica significativa com todos os diagnÃsticos de enfermagem, exceto com Risco de infecÃÃo. Como observado, o estudo permitiu conhecer de forma aprofundada os diagnÃsticos de enfermagem, as caracterÃsticas definidoras, os fatores relacionados e os fatores de risco manifestados pelos pacientes na fase de hospitalizaÃÃo. Destaca-se a presenÃa daqueles de carÃter biolÃgico e de risco. Os achados reforÃam a necessidade da equipe de enfermagem atuar nÃo somente no aspecto curativo, mas tambÃm na prevenÃÃo e na promoÃÃo da saÃde, tanto nos nÃveis secundÃrios de saÃde como nos terciÃrios.

ASSUNTO(S)

enfermagem enfermagem diagnÃstico de enfermagem acidente cerebral vascular nursing nursing diagnosis stroke

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