Deve-se solicitar enzimas hepáticas antes de iniciar isoniazida para tratamento de infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB)?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

A avaliação das enzimas hepáticas antes do tratamento para ILTB, devido ao maior risco de toxicidade, está indicada nas seguintes situações:

• hepatopatia crônica (hepatite B ou C, hepatite alcoólica, cirrose);

• uso de outras medicações potencialmente hepatotóxicas;

• consumo regular de álcool; • puérpera até 3 meses pós-parto;

• infecção pelo vírus HIV

Pacientes sem outras doenças prévias ou sem fatores de risco para toxicidade devem ser avaliados clinicamente todos os meses e somente realizar monitoramento laboratorial na ocorrência de sinais e sintomas que sugiram intolerância, como por exemplo: anorexia, náuseas, vômitos, urina escura, icterícia, rash, parestesias, fadiga, astenia ou febre que persistam por 3 dias ou mais, bem como dor abdominal (particularmente quadrante superior direito), sangramentos ou artralgias.

O tratamento deve ser postergado ou descontinuado nos casos de elevação das enzimas hepáticas superior a cinco vezes o nível superior da normalidade em assintomáticos ou três vezes o nível superior da normalidade com sintomas. Pacientes com maior risco de toxicidade, com elevações de enzimas que não contraindicam o tratamento, e aqueles que manifestarem sintomas durante o acompanhamento devem manter revisão laboratorial mensal enquanto estiverem usando a isoniazida.

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Manual de recomendações para o controle de tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. [acesso em 22 de jun de 2018]. Disponível em: 

2. Centers for disease control and prevention. Severe isoniazidassociated liver injuries among persons being treated for latent tuberculosis infection – United States, 2004-2008. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. mar 2010;59(8):224-229. [acesso em 22 de jun de 2018]. Disponível em:

3. Horsburgh Jr CR. Treatment of latent tuberculosis infection in HIV-uninfected adults. Waltham (MA): UpToDate, 2017. Disponível em:

4. Saukkonen JJ, et al. An official ATS statement: hepatotoxicity of antituberculosis therapy. Am J Respir Crit Care Med. 2006;174(8):935-952. [acesso em 22 de jun de 2018]. Disponível em: 

 

ASSUNTO(S)

apoio ao tratamento médico a70 tuberculose bactérias gram-positivas mycobacterium tuberculosis tuberculose

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