Determination of the lag period required from removal of fluoride incorporated in the bone of rats after acute exposure / Determinação do período de remoção do flúor incorporado ao esqueleto de ratos após exposição aguda

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O tecido ósseo é o maior sítio de acúmulo de flúor (F) do nosso organismo. Parte do F ingerido pode transitar através de um mecanismo de estado estacionário entre cristais da superfície óssea e plasma, ou quando da remodelação óssea, mantendo constantes os níveis plasmáticos algum tempo após a diminuição da ingestão de F. O objetivo deste estudo foi avaliar o período de tempo para que o F acumulado no osso de ratos, após uma exposição aguda, seja removido. Três grupos experimentais com 10 ratos Wistar (70 dias de idade) receberam, por via gástrica, dose única de 50 mg F/Kg peso corporal (como NaF) e 3 grupos controle, também com 10 animais cada, receberam água deionizada. A eutanásia dos animais ocorreu após 30, 90 ou 180 dias da administração de F. Os ratos foram anestesiados, sangue e fêmures removidos e analisados quanto à concentração de F. Para o fêmur, foi analisado o F solúvel em ácido removido por biópsia da superfície óssea, além do F presente no osso total, após calcinação. As cinzas e o plasma foram analisados para o F com o eletrodo, após difusão facilitada por HMDS. Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunn (p<0,05). Os níveis plasmáticos de F do grupo controle foram constantes ao longo do tempo, e similares aos do grupo experimental eutanasiado aos 30 dias. Para os grupos experimentais eutanasiados após 90 e 180 dias, houve uma redução significativa nos níveis plasmáticos de F em relação ao grupo controle. A concentração de F na superfície do fêmur para o grupo experimental foi significativamente maior em relação ao grupo controle no tempo de eutanásia de 30 dias apenas, sendo que para os demais períodos experimentais, apesar de a concentração de F ser maior no grupo experimental quando comparado ao controle, esta diferença não foi estatisticamente significativa. Para ambos os grupos pôde ser observado um aumento nos níveis de F na superfície óssea longo do tempo. Para o osso total, o grupo experimental apresentou concentrações similares de F nos diferentes tempos de morte, e estes níveis foram similares aos encontrados para o grupo controle, no tempo de eutanásia de 180 dias. O grupo controle, nos tempos de morte 30 e 90 dias, apresentou valores significativamente menores quando comparado às demais situações. Os dados sugerem que o F incorporado à superfície óssea de ratos a partir de uma exposição aguda não é irreversivelmente ligado, mas vai sendo perdido ao longo do tempo, parecendo ser completamente perdido entre 90 e 180 dias após a exposição. Já os níveis de F incorporados no osso total 30 dias após uma ingestão aguda subletal não parecem ser perdidos ao longo do tempo. A não ocorrência de aumento ao longo do tempo nos níveis de F no osso total do grupo experimental sugere que existe um limite para a incorporação de F no osso total, provavelmente relacionado ao número de sítios possíveis para ligação irreversível do F.

ASSUNTO(S)

ratos fluorine flúor rats toxicidade. osso e ossos toxicity bone and bones

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