Determinantes nas intoxicações medicamentosas agudas na zona urbana de um município do Sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-02

RESUMO

As intoxicações medicamentosas no Brasil resultam entre diversos fatores os relacionados a uma frágil política de medicamentos em nosso país. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar variáveis sócio-econômicas, tipos de indicação, formas de aquisição e armazenamento de medicamentos das pessoas acometidas por intoxicações medicamentosas agudas não-intencionais. Os dados foram coletados durante visitas domiciliares aos pacientes com registro de intoxicação medicamentosa aguda não-intencional pelo Centro de Controle de Intoxicações de Maringá, Paraná, em 2004. Foram estudadas variáveis relacionadas ao intoxicado, à intoxicação, ao medicamento e armazenamento doméstico de medicamentos. Dentre as 97 intoxicações registradas no período, foram entrevistadas 72 famílias, sendo a maioria de menores de 10 anos (73,6%), sexo masculino (54,2%), estratos econômicos C e D (63,9%). Muitos entrevistados referiram não ter recebido informações sobre o medicamento (76,5%). Houve associação significativa entre pessoas dos estratos econômicos C e D e armazenamento inadequado de medicamentos (p < 0,05). Entrevistados dos estratos econômicos A e B apresentaram medicamentos vencidos com maior freqüência (p < 0,05). Concluiu-se que condições inadequadas de aquisição e armazenamento domiciliar de medicamentos podem ter favorecido a ocorrência das intoxicações.

ASSUNTO(S)

uso de medicamentos armazenagem de medicamentos comercialização de medicamentos envenenamento

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