Determinação in vitro de possíveis efeitos genotóxicos e protetores de B- glucana botriosferana em células de mamíferos
AUTOR(ES)
Leandra Ernst Kerche Silva
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/04/2010
RESUMO
Exopolissacarídeos (EPS) são biopolímeros produzidos por microrganismos como bactérias e fungos e que possuem atividade como modificadores de resposta biológica. O fungo ascomiceto Botryosphaeria rhodina produz uma β-(1→3; 1→6)-D-glucana conhecida como botriosferana quando cultivado em diversas fontes de carbono. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos mutagênicos, genotóxicos e protetores da botriosferana. O fungo Botryosphaeria rhodina MAMB-05 foi cultivado em meio líquido em sacarose comercial como única fonte de carbono, e o EPS produzido foi dialisado e liofilizado, e então redissolvido em salina isotônica e reservado para os ensaios biológicos. As atividades protetoras e genotóxicas da botriosferana foram testadas através do teste do micronúcleo, do ensaio do cometa e da avaliação do consumo de oxigênio usando células V79, HTC e eritrócitos humanos contra o quimoterápido doxorrubicina e os geradores de ROS peróxido de hidrogênio, benzo[a]pireno e tert-butil hidroperóxido. Três concentrações deste EPS foram usadas nos testes, 7,5, 30 e 100µg/mL. Os resultados mostraram que a botriosferana não apresentou atividade mutagênica em nenhum das três concentrações avaliadas e diminuiu os efeitos mutagênicos da doxorrubicina, do peróxido de hidrogênio e do benzo[a]pireno resultando em um diminuição da frequencia de micronúcleos de 90 a 95%. O ensaio do cometa mostrou uma atividade genotóxica de classe 1 para a botriosferana, o que não foi significante já que o dano não foi permanente, comprovado pelo teste do micronúcleo. A botriosferana também foi capaz de proteger a membrana celular de eritrócitos humanos da lipoperoxidação provocada pelo tert-butil hidroperóxido. Vários mecanismos podem ser propostos para se explicar os efeitos protetores da botriosferana, entre eles a atividade antioxidante, a modulação de enzimas antioxidantes e os mecanismos de desmutagênese e bioantimutagênese. Conclui-se, então, que a botriosferana é um quimopreventivo e antioxidante interessante; mais estudos devem ser realizados para se aprovar a utilização da botriosferana para consumo humano.
ASSUNTO(S)
microbiologia industrial fungos - biotecnologia polissacarídeos microbianos exopolissacarídeos botryosphaeria rhodina industrial microbiology fungi biotechnology
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000155534Documentos Relacionados
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