Determinação de parâmetros farmacognósticos para as folhas de Erythroxylum suberosum A. St.-Hilaire (Erythroxylaceae) coletadas no município de Goiânia, GO.

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. plantas med.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015

RESUMO

RESUMO As plantas medicinais representam um dos principais recursos terapêuticos utilizado pelo homem para a cura e prevenção de doenças, no entanto, para que o tratamento seja seguro e eficaz é necessário conhecer seus componentes químicos. Dessa forma, o intuito deste trabalho foi determinar os parâmetros farmacognosticos para o estabelecimento do controle de qualidade da droga vegetal composta pelas folhas de Erythroxylum suberosum A. St.-Hil., pertencentes à família Erythroxylaceae ocorrente no Cerrado. Para tanto, foram coletadas folhas adultas nas proximidades da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO. Foram determinados o teor de umidade por meio de balança com irradiação de raios infravermelho e o teor de cinzas totais. Na prospecção fitoquímica foram pesquisadas as classes de metabólitos secundários e realizou-se o doseamento de fenóis totais, flavonoides e taninos totais. Os resultados dos testes de pureza realizados, teor de umidade e teor de cinzas totais, estão de acordo com os limites estabelecidos pelas especificações farmacopeicas. As análises fitoquímicas evidenciaram a presença de flavonoides, taninos, cumarinas, saponinas e resinas. No doseamento de fenóis totais, taninos e flavonoides presentes nas folhas de E. suberosum A. St.-Hil. obteve-se respectivamente 17,97%, 6,31%, 3,87%. Estes resultados confirmam os dados da literatura quanto à presença destes compostos em Erythroxylaceae, pois de acordo com nas folhas de E. tortuosum obteve-se valores de 10%, 8,4% e 0,064% de Fenóis, Taninos e flavonoides, respectivamente e nas folhas de E. deciduum foram encontrados 12,04% de fenóis totais, 0,87% de taninos e 1,37% de flavonoides. Os resultados encontrados no presente trabalho também se tornam relevantes quando comparadas as quantidades desses metabólitos com espécies clássicas na biossíntese de compostos fenólicos como o teor de taninos de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville e em Eugenia uniflora L. foi de 29,9% e 2,96%, respectivamente. Teores de flavonóides que variaram entre 0,65% a 0,79% na Calendula officinalis L. e Ginkgo bilobaL. 0,59%, 0,75% e 0,79%. Sendo assim, a quantidade considerável de compostos fenólicos obtida em E. suberosum A. St.-Hil. sugere que a espécie possua um importante potencial terapêutico e quem sabe potencial antioxidante, a ser explorado em estudos posteriores.

ASSUNTO(S)

plantas medicinais prospecção fitoquímica fenois erythroxylum suberosum a. st.-hil

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