Determinação da frequência genotípica do ACTN3 e da sua relação com o desempenho físico, respostas hormonais e indicadores do dano muscular em jogadores de futebol

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/05/2011

RESUMO

O objetivo foi determinar a frequência do ACTN3 em jogadores de futebol de diferentes categorias e a sua relação com o desempenho, respostas hormonais e de indicadores de dano muscular pós jogo. Foram avaliados 367 jogadores masculinos das categorias sub-15, sub-17, sub-20 e profissionais, e jogadores amadores (N. 14) e um grupo controle (N. 100). Todos os indivíduos foram genotipados para o polimorfismo ACTN3- RR, RX e XX. Foram realizados testes de capacidade aeróbia, salto agachado (SJ), com contra-movimento (CMJ) e teste de velocidade de 30m (V30) subdivido em 10m (V10) e 20 (V20). Foram realizadas coletas sanguíneas nos momentos pré, pós, 2 e 4h de jogo e foram determinadas as concentrações de Interleucina-6 (IL-6), Cortisol, testosterona, relação testosterona/cortisol (T/C), creatina-quinase (CK) e alfa-actina muscular entre os grupos RR/RX e XX. A frequência do ACTN3 em jogadores não foi diferente do grupo controle. No entanto observou-se que o grupo de jogadores profissionais apresentou uma menor frequência do XX e aumento do RX (p<0,05) em relação aos jogadores mais jovens. Não foi encontrada relação da frequência genotípica com o desempenho em testes físicos. As concentrações de CK pós jogo foram maiores para ambos os grupo e se mantiveram altas até o momento 4 h (p<0,05), mas não diferiram entre si. Identificou-se aumento da IL-6 pós jogo para o grupo XX (p<0,05) retornando aos valores normais no momento 2 h. Houve aumento da testosterona pós jogo no grupo RR/RX que se manteve até 4h (p<0,05). Sendo que esse mesmo comportamento não foi observado para o grupo XX. Nos momentos pós, 2 e 4 h as concentrações de testosterona foram maiores no grupo RR/RX em comparação ao grupo XX. O grupo RR/RX apresentou aumento das concentrações de cortisol pós jogo. Em ambos os grupos a concentração de cortisol foi menor nos momentos 2 e 4 h em comparação com a fase pré (p<0,05), indicando uma diminuição desta concentração. Conclui-se que a frequência do genótipo XX e o RX diminui e aumenta respectivamente em categorias mais velhas no futebol, indicando uma seleção natural de indivíduos de caráter mais forte e misto neste esporte. Indivíduos XX, apresentam maiores respostas de IL-6 a um jogo de futebol e indivíduos RR/RX apresentam maiores valores de marcadores de CK pós jogo.

ASSUNTO(S)

jogadores de futebol teses. genética teses. hormonios teses. futebol aspectos fisiológicos teses. esportes aspectos fisiológicos teses.

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