DeterminaÃÃo de Micropoluentes Emergentes em Esgoto SanitÃrio, Hospitalar e Ãguas Superficiais / Determination of Emerging Micropollutants in Sewage, and Surface Water Hospital

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/11/2011

RESUMO

No Brasil, estudos de avaliaÃÃo de micropoluentes emergentes em matrizes ambientais como esgotos sanitÃrios e hospitalares, e corpos de Ãgua, ainda sÃo bastante incipientes, assim como a remoÃÃo desses compostos em EstaÃÃes de Tratamento de Esgotos (ETEs) de baixo custo como lagoas de estabilizaÃÃo, assim como em sistemas de lodos ativados e sistemas anaerÃbio-aerÃbio compactos. O presente trabalho teve como objetivo geral investigar a presenÃa de micropoluentes em matrizes ambientais como esgotos sanitÃrios e hospitalares, e Ãgua superficial, avaliar a remoÃÃo destes compostos em ETEs de baixo custo e aplicar o processo de oxidaÃÃo avanÃada (POA) UV/H2O2 como opÃÃo de pÃs-tratamento. Os principais micropoluentes emergentes estudados foram: 2,4,6-triclorofenol, pentaclorofenol, cafeÃna (CAF), dipirona (DIP), diclofenaco de sÃdio (DCF), bis (2-etil-hexil) ftalato (DEHP), estrona (E1), 17β-estradiol (E2), β-estradiol 17-acetato (EA2), 17α-etinilestradiol (EE2) e colesterol (COL). As amostras foram coletadas em ETEs localizadas em Fortaleza e em sua regiÃo metropolitana. Os corpos receptores investigados foram o Rio Maranguapinho e o Riacho Paupina. Para a prÃ-concentraÃÃo dos micropoluentes utilizou-se extraÃÃo em fase sÃlida (SPE) com cartuchos C-18 e extraÃÃo lÃquido-lÃquido (ELL). A SPE foi a tÃcnica mais eficiente na concentraÃÃo da maioria dos micropoluentes emergentes, e a ELL se mostrou a melhor tÃcnica para compostos organoclorados. Foram realizados estudos de otimizaÃÃo das condiÃÃes de detecÃÃo dos compostos pelo uso de tÃcnicas de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS). Foram identificados compostos farmacÃuticos e desreguladores endÃcrinos em todas as amostras de esgotos com as seguintes faixas de concentraÃÃes efluentes: CAF (3,0-15,8 μg/L), DIP (0,3 μg/L), DCF (1,9 μg/L), DEHP (0,01-8,5μg/L), E1 (0,04-1,7 μg/L), E2 (0,03-4,0 μg/L), EA2 (0,14-9,3 μg/L), EE2 (1,0 μg/L) e COL (0,01-6,2 μg/L). Nos dois corpos receptores estudados (Rio Maranguapinho e Riacho Paupina) foram identificados desreguladores endÃcrinos. Os tratamentos realizados pelas ETEs nÃo foram suficientes para remoÃÃo total de todos os micropoluentes estudados, no entanto, a eficiÃncia para a maioria dos compostos foi acima de 50%. Em se tratando da avaliaÃÃo em sistemas de lagoas de estabilizaÃÃo, o estudo revelou boas eficiÃncias de remoÃÃo em sistemas constituÃdos de lagoa anaerÃbia seguida de facultativa e de maturaÃÃo, sendo os menores valores de remoÃÃo alcanÃados quando uma Ãnica lagoa facultativa primÃria estava presente. A avaliaÃÃo do uso do POA por meio do planejamento fatorial multivariado revelou que as melhores condiÃÃes para remoÃÃo de micropoluentes emergentes foram pH Ãcido (pH 3), concentraÃÃo de perÃxido de hidrogÃnio acima de 400 mg/L e tempos de detenÃÃo hidrÃulica no reator acima de 50min.

ASSUNTO(S)

engenharia civil poluentes orgÃnicos emerging micropollutants, advanced oxidation processes, endocrine disrupting compounds, organochlorine, pharmaceutical residues tratamento de Ãguas residuais poluentes ambientais saneamento

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