Detecção molecular de Leishmania spp. em flebotomíneos em área endêmica para leishmaniose tegumentar e visceral no nordeste do Brasil

Guimarães, Vanessa Cristina Fitipaldi Veloso, Costa, Pietra Lemos, Silva, Fernando José da, Melo, Fábio Lopes de, Dantas-Torres, Filipe, Rodrigues, Eduardo Henrique Gomes, Brandão Filho, Sinval Pinto

Detecção molecular de Leishmania spp. em flebotomíneos em área endêmica para leishmaniose tegumentar e visceral no nordeste do Brasil

AUTOR(ES)

Guimarães, Vanessa Cristina Fitipaldi Veloso, Costa, Pietra Lemos, Silva, Fernando José da, Melo, Fábio Lopes de, Dantas-Torres, Filipe, Rodrigues, Eduardo Henrique Gomes, Brandão Filho, Sinval Pinto

FONTE

Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-07

RESUMO

Vários flebotomíneos têm sido considerados como possíveis vetores suspeitos ou comprovados de parasitas do gênero Leishmania no Brasil, mas os dados para região nordeste continuam incipientes. Neste estudo, 600 flebotomíneos foram agrupados em grupos de 10 espécimes e testados por uma PCR específica para o gênero Leishmania e por outra PCR para Leishmania (Leishmania) infantum. Quatorze dos 60 grupos foram positivos por PCR gênero-específica, sendo cinco de L. migonei, sete L. complexa, um de L. sordellii e um de L. naftalekatzi, o que corresponde a uma taxa mínima de infecção de 2,3% (14/600). Nossos resultados, associados à antropofilia e abundância dessas espécies, sugerem a participação de L. migonei e L. complexa como vetores de Leishmania no nordeste do Brasil. Notavelmente, a detecção de DNA de Leishmania em L. sordellii e L. naftalekatzi é relatada pela primeira vez no Brasil, mas futuros estudos são necessários para compreender melhor o significado desses achados.