Detecção de Vibrio cholerae O1 viável e viável não cultivável, através de técnicas de cultivo e imunofluorescência nos rios de Tucumán, Argentina
AUTOR(ES)
Aulet, Olga, Silva, Clara, Fraga, Sol González, Pichel, Mariana, Cangemi, Rosa, Gaudioso, Cristina, Porcel, Norma, Jure, Maria Angela, Castillo, Marta Cecilia de, Binsztein, Noma
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-08
RESUMO
Vibrio cholerae tem sido isolado esporadicamente nos rios da Província de Tucumán, Argentina, desde outubro de 1991. O objetivo deste estudo foi localizar os reservatórios nestes rios, identificar a presença de Vibrio cholerae O1 (em estado cultivável e não cultivável) e relacionar a presença desta bactéria com as variações físico-químicos da água. Foram coletadas dezoito amostras de água do rio Salí (nas localidades de Canal Norte e Banda) e do rio Lules, entre 2003 e 2005. Estas foram submetidas a análises físico-químicos como determinação de pH, temperatura, condutibilidade elétrica e oxigênio dissolvido. A presença de Vibrio cholerae foi verificada por métodos de cultivo convencional e por imunofluorescência direta (DFA-VNC). Todos os microrganismos isolados foram não O1 e não O139 (Lules 26%, Canal Norte 33% e Banda 41%). A maioria foi encontrada na primavera e verão, indicando uma relação com a temperatura e pH. Das 54 amostras analisadas por DFA-VNC, 38 Vibrio cholerae não cultivável, foram detectadas em todas as épocas do ano. As amostras positivas foram confirmadas por PCR para o antígeno somático O1 e para os genes de virulência ctxA e tcpA. Coeficiente de correlação de Pearson revelou que não há relação entre os resultados obtidos por imunofluorescência e a variação dos parâmetros físico-químicos.
ASSUNTO(S)
vibrio cholerae o1 culture and immunofluorescence tucumán rivers