Detecção de genes de resistência a antimicrobianos em Klebsiella pneumoniae produtoras de betalactamases e carbapenemases por culturas de vigilância de pacientes em uma unidade de terapia intensiva no Rio de Janeiro, Brasil
AUTOR(ES)
Flores, Claudia, Romão, Célia Maria C. P. A., Bianco, Kayo, Miranda, Catia Chaia de, Breves, Angela, Souza, Ana Paula S., Santos, Rosana Maria R., Fonseca, Bianca O., Filippis, Ivano de, Clementino, Maysa M.
FONTE
J. Bras. Patol. Med. Lab.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-10
RESUMO
RESUMO Introdução: O aumento da incidência de microrganismos multirresistentes é considerado um dos principais problemas de saúde pública. Uma das rotinas incluídas na prática hospitalar é a busca de pacientes colonizados e/ou infectados. Objetivo: Avaliar a variabilidade genética e as relações clonais de K. pneumoniae produtoras de betalactamases de espectro estendido (ESBL) em culturas de vigilância de unidade de terapia intensiva (UTI) no Rio de Janeiro, Brasil. Materiais e métodos: Setenta isolados obtidos a partir de swab retal, (março/2013 a março/2014). O perfil de suscetibilidade a antibióticos foi avaliado pelo sistema VITEK 2. Foram pesquisados os genes de resistência: blaSHV, blaTEM, blaOXA-1, blaKPC, blaOXA-48, blaCTX-M-15, blaVIM, blaIMP e blaNDM pela reação em cadeia da polimerase (PCR). A diversidade genética foi avaliada por Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus-PCR (ERIC-PCR). Resultados: Foram detectados altos percentuais de resistência a cefepime (94%), ceftazidima (96%), ertapenem (61%), imipenem (54%) meropenem (43%) e ciprofloxacino (69%). Os genes prevalentes foram: blaSHV (69%), blaTEM (63%), blaOXA-1 (60%), blaKPC (57%), blaCTX-M-15 (47%), blaOXA-48 (16%). Os genes blaVIM, blaIMP e blaNDM não foram detectados. Foram observados 29 perfis em relação aos genes de resistência, com 23% apresentando pelo menos cinco genes. Uma grande diversidade genética (68 perfis) foi observada entre as cepas. Conclusão: Embora não tenha sido observada relação clonal entre os isolados, este estudo revelou dados alarmantes quanto à resistência microbiana em monitoramento preventivo, abordagem ainda pouco adotada no Brasil. Nossos dados permitem concluir que a inclusão de culturas de vigilância nas unidades de saúde é uma estratégia recomendada, visando principalmente à prevenção da disseminação dos genes de resistência no ambiente hospitalar e, consequentemente, redução da morbimortalidade.
ASSUNTO(S)
infecção hospitalar monitoramento epidemiológico klebsiella pneumoniae betalactamases tipagem molecular
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