Desnutrição energético-proteica grave durante a hospitalização: aspectos fisiopatológicos e terapêuticos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Paulista de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-09

RESUMO

OBJETIVOS: Apresentar a conduta para o tratamento da desnutrição energético-proteica grave e os principais aspectos fisiopatológicos da doença. FONTES DE DADOS: Tomando como base o Manual da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1999), realizou-se uma busca por trabalhos publicados em inglês, espanhol e português sobre o tratamento hospitalar de crianças com desnutrição grave, nas bases de dados Lilacs, Medline e SciELO, publicados nos últimos dez anos, utilizando-se as palavras-chave: desnutrição, criança, hospitalização, terapia nutricional, diretrizes, OMS. SÍNTESE DE DADOS: Foram abordadas as principais características fisiopatológicas da desnutrição grave e a conduta recomendada para o tratamento. Identificaram-se as principais complicações clínico-metabólicas, como a hipotermia, a hipoglicemia, a desidratação e as infecções recorrentes, além da má absorção e a fase de estabilização ou de recuperação do desnutrido grave. A compreensão de todos esses conceitos relacionados à fisiopatologia da desnutrição energético-proteica, associada ao adequado planejamento e execução da terapia nutricional, pode reduzir o risco de morbimortalidade em crianças com idade inferior a cinco anos. CONCLUSÕES: As diretrizes da OMS devem ser implantadas levando-se em consideração a realidade de cada região e a capacitação do profissional da saúde quanto ao conhecimento da complexidade e fisiopatologia da desnutrição energético-proteica grave, para adequado diagnóstico e tratamento. O sucesso do tratamento está associado ao cuidado e à atenção ao paciente.

ASSUNTO(S)

desnutrição criança hospitalização terapia nutricional organização mundial da saúde

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