Desnudação geoquímica na evolução da Serra do Espinhaço Meridional - MG - Brasil
AUTOR(ES)
Leonardo Cristian Rocha
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
30/06/2011
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo compreender como os processos geoquímicos atuam na elaboração do relevo da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM) e contribuir no entendimento da distribuição espacial das taxas de perda por erosão química. Para isso foram feitos, modelos digitais de terreno (MDT), elaboração de um mapa geológico contendo as principais tipos de rochas e estruturas da SdEM, análises químicas de rocha, solo e água. Além do tratamento estatístico dos dados geoquímicos para reconhecer os principais componentes e seus agrupamentos, bem como a espacialização dos mesmos na SdEM. O intemperismo em quartzitos na região estudada consiste na dissolução do quartzo junto ao arranjo dos cristais. Assim o quartzito perde coesão e se reduz à areia. Em sub-superficie o intemperismo ocorre preferencialmente, nos planos de estratificação. O esvaziamento geoquímico é capaz então de desagregar os quartzitos. Este fato, em junção com o intemperismo de sub-superfície, promove o rebaixamento do relevo, formando superfícies aplainadas na Serra do Espinhaço Meridional. A lixiviação da sílica ocorre em mantos de alteração em estágios avançados de intemperismo, proporcionando a formação dos óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, quando em quantidades suficientes, podem conduzir a processos de laterização na SdEM. A laterização e a intensa lixiviação favoreceram a formação de goethita, hematita e gibbsita, elementos estes que permitem sugerir que área está por muito tempo sobre a influência de um clima quente e úmido. Estes mesmos elementos favorecem a translocação da matéria orgânica em solos onde o material de origem é pobre em argila (rochas psamíticas) propiciando a formação de espodossolos. A união dos processos geoquímicos leva a uma perda generalizada de grande parte de todos os elementos encontrados, com exceção daqueles de baixa mobilidade como o titânio e o zircônio. No balanço de massa isso ficou nítido, os dados sugerem a perda de 41% do alumínio em alguns perfis analisados. Esses fatos sugerem que Serra do Espinhaço Meridional apresenta um expressivo esvaziamento geoquímico na atualidade, significando uma progressiva perda de volume, manifestada mais intensamente nos mantos de intemperismo.
ASSUNTO(S)
intemperismo teses. relevo teses. geoquímica teses. espinhaço, serra do (mg e ba) teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8VHHXSDocumentos Relacionados
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