Deslignificação organossolve/dioxido de carbono de Eucalyptus urograndis em condições sub e supercriticas
AUTOR(ES)
Luiz Henrique Ferreira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001
RESUMO
O emprego de fluidos nas condições sub e supercríticas têm se mostrado muito eficiente para a extração de compostos orgânicos de baixa massa molar, a partir de matérias primas vegetais. No entanto, a utilização desta técnica para a deslignificação de materiais lignocelulósicos tem sido pouco explorada. Este trabalho, de caráter exploratório, descreve o uso de dióxido de carbono, em condições sub e supercríticas, e diferentes misturas co-solvente em processos de polpação da madeira de Eucalyptus urograndis. Os experimentos foram realizados a partir de cavacos de madeira, empregando-se temperaturas no intervalo de 150 a 190°C e pressões de 25 a 290bar, por diferentes tempos de reação (30 a 150 minutos). Foram estudados dois sistemas de co-solvente (dioxano/água e etanol/água) em modos estático e dinâmico (a diferentes fluxos) com diferentes composições de co-solvente. As reações foram acompanhadas pela análise dos rendimentos e conteúdo de lignina residual das polpas obtidas. Amostras selecionadas de polpas foram também analisadas com relação à composição química, cristalinidade, espectroscopia no infravermelho e pela determinação de massas molares da lignina e da celulose obtidas. Realizaram-se também ensaios mecânicos em algumas das polpas obtidas. As maiores extensões de deslignificação foram obtidas com as misturas co-solvente contendo 50% de água (em volume), temperatura de 170°C e pressão de 190bar. Para os dois sistemas de co-solvente, em modo dinâmico as melhores condições foram obtidas com fluxo de 2,5 mL/min e duas horas de reação. Em modo estático, a melhor polpa foi obtida com a relação massa de cavacos/co-solvente de 1 g/5mL e trinta minutos de reação. Todas as polpas produzidas apresentaram baixos teores de polioses e aquelas produzidas com a utilização de etanol na mistura co-solvente apresentam elevado grau de cristalinidade. As duas misturas co-solvente mostraram-se eficientes na remoção de lignina, porém o uso de dioxano favoreceu a ocorrência de reações de condensação de lignina, produzindo maiores teores de lignina residual.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
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