Desigualdades sócio-econômicas do baixo peso ao nascer e da mortalidade perinatal no Município do Rio de Janeiro, 2001

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Desigualdades sócio-econômicas na mortalidade infantil precoce têm sido evidenciadas no Brasil, indicando que o maior risco de morte se relaciona com o nível sócio-econômico das mães. Apontam-se, neste trabalho, as desigualdades do baixo peso ao nascer e da mortalidade perinatal no Município do Rio de Janeiro, discutindo-se a adequação das principais medidas de desigualdades em saúde propostas na literatura. Como fonte de informações, utilizam-se os dados coletados em inquérito realizado em cerca de dez mil parturientes nas primeiras 48 horas após o parto, em maternidades públicas e privadas da cidade. Considerando o grau de instrução da mãe e a renda do chefe da família como indicadores do nível sócio-econômico, bem como o risco atribuível populacional relativo e o coeficiente angular de desigualdade como medidas de desigualdade em saúde, constata-se grande gradiente sócio-econômico da proporção de baixo peso ao nascer e, especialmente, da taxa de mortalidade perinatal. A associação persistente entre os fatores sócio-econômicos e os resultados adversos da gravidez reflete, pelo menos em parte, a ineficácia do sistema de saúde em minorar as desigualdades da saúde perinatal no Rio de Janeiro.

ASSUNTO(S)

mortalidade infantil baixo peso ao nascer fatores sócio-econômicos

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