Desigualdades sociais no uso de internações hospitalares no Brasil: o que mudou entre 1998 e 2003

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência & Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

O objetivo deste artigo foi comparar os fatores associados às internações hospitalares no Brasil em 1998 e 2003. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2003 foi analisada utilizando modelo de regressão logística com pesos normalizados, tendo o Modelo Comportamental de Andersen como base teórica, e os resultados foram comparados aos da PNAD 1998 anteriormente publicados. Houve diminuição dos coeficientes de internação para mulheres em idade reprodutiva e para idosos; e aumento dos coeficientes para crianças. Para adultos, houve aumento da desigualdade por renda no uso de internações hospitalares. Para crianças, aquelas sem renda tiveram uma maior chance de internação. Não houve efeito de raça e escolaridade nas internações. Algumas tendências mais gerais do uso das internações hospitalares no Brasil puderam ser verificadas neste estudo: o aumento da participação dos procedimentos cirúrgicos, em detrimento dos partos; a diminuição dos tempos médios de permanência; o aumento da participação dos hospitais públicos; o aumento da participação do SUS, em detrimento da participação dos planos de saúde e do financiamento do próprio bolso; a diminuição da existência de fonte dupla de financiamento para as internações e uma grande proporção de pessoas satisfeitas com o atendimento recebido.

ASSUNTO(S)

utilização de serviços hospitalares desigualdade social desigualdade de renda

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