Desigualdades intraurbanas na distribuição dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, Belo Horizonte, 2010
AUTOR(ES)
Malta, Deborah Carvalho, Bernal, Regina Ivata Tomie, Almeida, Maria Cristina de Mattos, Ishitani, Lenice Harumi, Girodo, Anne Marielle, Paixão, Lucia Maria Miana Mattos, Oliveira, Maria Tereza da Costa, Pimenta Junior, Fabiano Geraldo, Silva Júnior, Jarbas Barbosa da
FONTE
Rev. bras. epidemiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Objetivo: Visando identificar diferenciais intraurbanos, foram analisadas prevalências dos principais fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis nos nove distritos sanitários de Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Análise dos dados de inquérito telefônico realizado com 2.000 adultos em Belo Horizonte em 2010, empregando-se average linkage para análise de clusters entre os distritos sanitários, com base em variáveis sociodemográficas (escolaridade, cor da pele e estado civil). O estudo comparou as prevalências dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis entre os distritos sanitários. Resultados: Foram identificados quatro clusters. O cluster 4 (distrito sanitário Centro Sul) apresentou as melhores condições sociodemográficas, além de maior prevalência de fatores de proteção, como maior consumo de frutas, legumes e verduras, maior frequência de atividade física no tempo livre, uso de proteção de raios ultravioleta, maior proporção de ex-fumantes e menor prevalência de consumo de leite com gordura integral e carne com gordura aparente. Como fator de risco, o cluster 4 apresentou maior proporção de consumo abusivo de álcool. O cluster 1, com piores indicadores sociodemográficos, concentrou mais fatores de risco, como maior consumo de leite com gordura, baixo consumo de frutas, legumes e verduras regular e menos atividade física no tempo livre. Os indicadores de proteção mais frequentes no cluster 1 foram: consumo regular de feijão, café da manhã em casa e menor consumo abusivo de álcool. Conclusão: Foram encontradas diferenças intraurbanas na distribuição dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, que podem apoiar o planejamento visando ações na busca de maior equidade em saúde.
ASSUNTO(S)
fatores de risco doenças crônicas não transmissíveis entrevista desigualdades em saúde promoção da saúde análise multivariada
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