Desigualdades em saúde: o desenvolvimento infantil nos diferentes grupos sociais

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. esc. enferm. USP

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/12/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Analisar o desenvolvimento infantil em diferentes grupos sociais. Método: Estudo transversal com crianças menores de 3 anos cadastradas em unidades básicas de saúde de um município do estado de São Paulo, Brasil. O desenvolvimento infantil foi verificado com a Ficha de Acompanhamento do Desenvolvimento, do Ministério da Saúde. Utilizou-se do Índice de Reprodução Social para classificar famílias em grupos sociais e do modelo teórico hierárquico predefinido para análise de regressão logística univariada e múltipla. Resultados: A amostra foi composta por 348 crianças. 29% das crianças apresentavam ausência de algum marco do desenvolvimento esperado para a idade. No modelo final, grupo social e faixa etária associaram-se ao desenvolvimento infantil. Apresentaram maior chance de ausência de algum marco do desenvolvimento crianças dos grupos menos inseridos socialmente e com idade maior ou igual a 12 meses. Conclusão: A proporção de crianças com ausência de algum marco do desenvolvimento é elevada e associou-se à menor inserção social. Enfatiza-se a importância da vigilância do desenvolvimento pela equipe de Enfermagem da atenção primária para a identificação dos grupos mais vulneráveis e a intervenção precoce que minimize os efeitos negativos que se agravam com a idade.ABSTRACT Objective: To analyze child development in different social groups. Method: A cross-sectional study with children under 3 years old enrolled in basic health units of a municipality in the state of São Paulo, Brazil. Child development was verified by the Ministry of Health's Development Monitoring Form. The Social Class Index was used to classify families into social groups and the predefined hierarchical theoretical model for univariate and multiple logistic regression analysis. Results: The sample consisted of 348 children, in which 29% of the children presented the absence of some developmental milestone expected for their age, while social group and age group were associated with child development in the final model. Children from the least socially inserted groups aged 12 months or older were more likely to be missing some developmental milestone. Conclusion: The proportion of children with the absence of some developmental milestones is high and associated with lower social inclusion. The importance of developmental surveillance by the primary care nursing team is emphasized in order to identify the most vulnerable groups and to implement early interventions which can minimize the negative effects which worsen with age.

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