Desigualdade social e transtornos mentais comuns
AUTOR(ES)
Marín-León, Letícia, Oliveira, Helenice Bosco de, Barros, Marilisa Berti de Azevedo, Dalgalarrondo, Paulo, Botega, Neury José
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
21/08/2007
RESUMO
OBJETIVO: Analisar a associação entre características socioeconômicas e transtornos mentais comuns. MÉTODO: Realizou-se um inquérito epidemiológico transversal em uma amostra representativa da população ≥ 14 anos de idade, residente na zona urbana de Campinas (SP), utilizando-se um instrumento que incluiu o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) para avaliar transtornos mentais comuns nos últimos três meses. A prevalência ponderada de transtornos mentais comuns foi calculada para cada variável independente. Razões de prevalência bruta e ajustada foram estimadas por regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência global foi de 17% (95% IC 12,8-22,3), 8,9% em homens e 24,4% em mulheres. Observou-se uma associação inversa entre transtornos mentais comuns e características sócio-econômicas (escolaridade e emprego) mesmo após ajuste. Apresentaram maior prevalência de transtornos mentais comuns os indivíduos com menos de cinco anos de escolaridade (RP = 5,5) e os desempregados ou subempregados (RP = 2,0). CONCLUSÃO: Como em outros estudos, os transtornos mentais comuns estão desigualmente distribuídos, sendo mais freqüentes em indivíduos que se encontram sob pior condição socioeconômica. Deveriam ser desenvolvidas ações que pudessem reduzir as desigualdades em geral e no campo da saúde mental.
ASSUNTO(S)
transtornos mentais iniqüidade social enquete socioeconômica estudos transversais seriados epidemiologia
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