Desenvolvimento e dependência no Brasil nas contradições do Programa de Aceleração do Crescimento

AUTOR(ES)
FONTE

Organ. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

Este ensaio busca desvelar o caráter contraditório do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal instrumento do modelo de desenvolvimento da última década no Brasil, que tenta combinar uma aparente autonomia nacional para as definições estratégicas com integração ao sistema econômico mundial. Entretanto, a retomada da iniciativa do planejamento da economia e do investimento público pelo Estado mantém o modelo de desenvolvimento baseado na apropriação da natureza e alimenta uma rede produtiva escassamente diversificada e dependente da inserção internacional como fornecedora de matérias-primas, e remete ao novo extrativismo progressista (GUDYNAS, 2009). Para compreender a integração da lógica do mercado aos interesses do Estado e o papel do management nessa construção, o texto busca referência na Teoria Marxista da Dependência (TMD), especialmente nas discussões de Marini (2005) e Osorio (2012a; 2012b), acerca da inserção subordinada das economias periféricas, articulada com os mecanismos de acumulação do capital e de exploração do trabalho. Outrossim, discute a colonialidade epistêmica na gestão do desenvolvimento, alçada à solução para a modernização e o desenvolvimento, mas que produz uma integração subordinada à economia global.

ASSUNTO(S)

programa de aceleração do crescimento (pac) desenvolvimento teoria marxista da dependência (tmd) colonialidade superexploração do trabalho padrão de reprodução do capital

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