Desenvolvimento de procedimentos analíticos para a determinação de N-acetilcisteína em produtos farmacêuticos. / Development of analytical procedures for determination of n-acetylcysteine in pharmaceutical formulations.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Nessa dissertação descreve-se quatro procedimentos analíticos para a determinação de N-acetilcisteína em formulações farmacêuticas. O primeiro procedimento desenvolvido foi um sistema de análise por injeção em fluxo para a determinação turbidimétrica de N-acetilcisteína empregando como reagente precipitante íons Ag+ em meio ácido. Nesse sistema, solução do reagente AgNO3 0,01 mol L-1 e da amostra foram inseridos simultaneamente em zonas coalescentes em volume de 250 e 500 L, respectivamente. Após a formação do precipitado em uma bobina reacional de 100 cm, o produto gerado foi monitorado turbidimetricamente em 400 nm. Adaptou-se um fluxo intermitente de água desionizada a uma vazão de 6,3 mL min-1 para a limpeza do sistema durante a amostragem. A curva analítica foi linear no intervalo de concentração de Nacetilcisteína de 1,0 x 10-4 a 1,0 x 10-3 mol L-1, com limite de detecção de 8,0 x 10-5 mol L-1 (3σB/inclinação) e freqüência de amostragem de 60 h-1. Os desvios padrões relativos foram menores que 1% para soluções de N-acetilcisteína de 1,0 x 10-4 e 5,0 x 10-4 mol L-1 (n=20). Os valores do teste de recuperação em duas amostras comerciais variaram na faixa de 104 a 122%. Como um segundo procedimento, um sistema de análise por injeção em fluxo com detecção espectrofotométrica foi proposto. Nesse sistema, N-acetilcisteína foi oxidada por Fe(III), sendo o Fe(II) produzido monitorado espectrofotometricamente como Fe(II)-1,10-ortofenantrolina em 515 nm. Sobre as condições analíticas otimizadas, a curva analítica foi linear em um intervalo de concentração de N-acetilcisteína entre 1,8 x 10-5 a 1,5 x 10-4 mol L-1. O limite de detecção obtido foi de 6,3 x 10-6 mol L-1 (3σB/inclinação) e as recuperações variaram na faixa de 102 a 113%. A caracterização e a preparação de um eletrodo de pasta de carbono modificado com hexacianoferrato de cobre(II) (CuHCF) foi investigado. O comportamento eletroquímico do eletrodo modificado para eletrooxidação da N-acetilcisteína foi explorado usando voltametria linear. As melhores respostas voltamétricas foram: composição da pasta de carbono de 20% (m/m) do complexo de hexacianoferrato de cobre(II), solução tampão acetato como xii solução eletrolítica e velocidade de varredura de potenciais de 10 mV s-1. A curva analítica foi linear na região de concentração de N-acetilcisteína entre 1,2 x 10-4 a 8,3 x 10-4 mol L-1, com um limite de detecção de 6,3 x 10-5 mol L-1 (3σB/inclinação). O eletrodo proposto foi usado para o controle e análise de rotinas de formulações farmacêuticas. Finalmente, um método potenciométrico simples, preciso, rápido e de baixo custo foi proposto para a determinação de N-acetilcisteína na forma pura e em formulações farmacêuticas. A N-acetilcisteína presente em formulações farmacêuticas foi determinada potenciometricamente empregando-se como titulante uma solução aquosa de AgNO3. Interferências não foram observadas na presença de componentes comumente encontrados nas formulações farmacêuticas, a saber: sacarina, sacarose e EDTA. Os resultados analíticos obtidos a partir da aplicação do método proposto estão em uma boa concordância com aqueles obtidos pelo método comparativo. A recuperação obtida para a N-acetilcisteína em várias formulações farmacêuticas variou de 98,7 a 103,0%. Em comparação com a maioria dos procedimentos descritos na literatura, os procedimentos desenvolvidos nessa dissertação mostraram-se ser mais baratos e simples para a determinação de Nacetilcisteína em formulações farmacêuticas.

ASSUNTO(S)

química analítica eletrodos de pasta de carbono modificados nacetilcisteína potenciometria análise por injeção de fluxo produtos farmacêuticos - determinação quimica analitica

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