Desenvolvimento de novo modelo experimental de aneurisma sacular mediante a incubação intra-arterial de papaína em coelhos (Oryctolagus cuniculus) / Development of a new experimental saccular aneurysm model through intrarterial incubation with papain in rabbits (Oryctolagus cuniculus)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

INTRODUÇÃO: O modelo eslastase-induzido de aneurismas tem se destacado, nos últimos anos, porque simula as características geométricas dos aneurismas intracranianos humanos. A elastase destrói as fibras elásticas e dilata as artérias. A papaína é uma enzima que ainda não foi usada com esta finalidade. Os objetivos deste estudo foram determinar se a papaína produz aneurismas saculares em coelhos, e comparar suas características macroscópicas e histológicas com as dos aneurismas elastase-induzidos. MÉTODO: Dezoito coelhos brancos Nova Zelândia (1,9-3,2 kg) foram divididos em 3 grupos: I- elastase (n=7), II- papaína (n=8) e III- cirurgia controle (n=3). Os animais foram submetidos à exposição cirúrgica do pescoço, sendo que a artéria carótida comum direita foi usada como teste e a artéria carótida comum esquerda como controle. No 21° dia após a cirurgia, os animais foram sacrificados para retirada das artérias, tomada de suas medidas e análise histológica. Considerou-se formação de aneurisma quando a artéria teste dilatou em relação ao seu controle. RESULTADOS: Não houve aneurismas no grupo cirúrgico controle. Houve formação de aneurismas nos grupos elastase (71,4%) e papaína (100%). A diferença do diâmetro das artérias testes e seus respectivos controles não foi significativa (p= 0,15) entre os grupos elastase (média= 1,2 ± 0,4mm) e papaína (média= 2,1 ± 0,4mm), embora houvesse tendência deste último à maior dilatação . A histologia demonstrou que a papaína produziu maior tendência à lesão endotelial, à trombose (p = 0,01) e à inflamação parietal do que a elastase. A análise da fibrose intimal foi prejudicada em 50% dos casos do grupo papaína devido à trombose acentuada. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao espessamento parietal (p=0,81) e ao grau de destruição das fibras elásticas (p= 0,009). CONCLUSÕES: A papaína produz aneurismas com tamanhos semelhantes aos da elastase, contudo a papaína provoca maior lesão endotelial, maior trombose e maior inflamação do que a elastase

ASSUNTO(S)

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