Desenvolvimento de nova metodologia para dosagem de cisteina em amostras biologicas atraves de espectrometria de massas - T&R-MIMS

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Dentre os aminotiois encontrados no plasma a cisteína, homocisteína e a glutationa constituem um sistema de defesa antioxidante extracelular. Em concentrações elevadas a homocisteína exerce ação oxidante, o que induz a formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) sendo que a cisteína participa da autoxidação da homocisteína. Aumento dos níveis de cisteína pode ser um fator de risco cardiovascular bem como de lesões ateroscleróticas, indicando sua associação independente à doenças cardiovasculares. Contudo a associação de altos níveis de cisteína, homocisteína e LDL colesterol podem agir sinergicamente. Níveis alterados de cisteína também estão relacionados a inúmeras condições patológicas como mutações gênicas, doenças neurodegenerativas tais como as doenças de Alzheimer, Parkinson e Neuromotoras; AIDS e câncer. Assim, o desenvolvimento de novas metodologias com a finalidade de quantificar cisteína em sangue ou urina são úteis no diagnóstico de diversas doenças. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um método moderno e viável para quantificação de cisteína sérica. Para isso empregamos uma nova técnica: espectrometria de massas por introdução via membrana (MIMS), utilizando-se uma sonda de membrana DIMP (Direct Introduction Mass Spectrometry) operando no método T&R-MIMS (Trap and Release Membrane Introduction Mass Spectrometry). Analisando os espectros de massas obtidos durante as análises, a escolha do íon para o monitoramento da quantificação de cisterna foi o de m/z 220 que corresponde ao fragmento molecular por perda de um hidrogênio formando o íon [M -H] POT + . O íon de m/z 220 é o de maior intensidade (pico base) e presente em uma região do espectro menos suscetível a interferentes. Seu monitoramento por T&R-MIMS operando no modo SIM (monitoramento seletivo de íons) permite determinar a concentração de cisteína. Os resultados obtidos se mostraram satisfatórios: linearidade (r=0,998), repetibilidade com um desvio de 3% entre três medidas realizadas; limite de detecção de 2 mu M e recuperação acima de 95%. Foram também realizados ensaios com amostras sanguíneas de quarenta doadores voluntários onde a concentração total de Cis em soro ficou entre 87 e 266 mu M/L com uma média + ou - de 143, + ou - 52,2 mu M/L

ASSUNTO(S)

sistema cardiovascular - doenças agentes oxidantes espectrometria de massa aminoacidos - metabolismo

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