DESENVOLVIMENTO DE MODELOS ALOMÉTRICOS PARA ESTIMAR BIOMASSA E CARBONO DE MUDAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS, EM ÁREAS ATINGIDAS POR TEMPESTADES DE VENTO EM MANAUS (AM)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/05/2010

RESUMO

Usando um arquivo de dados com 504 indivíduos arbóreos pertencentes à regeneração natural (de 30 cm em altura e DAP <5 cm), foram testados dez modelos alométricos, sendo cinco logarítmicos e cinco não lineares para estimar a biomassa seca total de mudas em pé. Os dados foram coletados de forma destrutiva, na região de Manaus (AM), em um sítio de floresta de terra-firme sobre platôs de latossolo amarelo, atingido por tempestades convectivas no ano de 2005. Os micro sítios criados pela passagem do distúrbio permitiram a coleta de indivíduos que chegaram a área após o evento, evitando a coleta de indivíduos com mais de 5 anos. O arquivo de dados foi dividido nas diferentes categorias de tamanho; categoria RN 1 (de 30 a 50 cm em altura), RN 2 (de 50 a 100 cm em altura), RN 3 (de 100 a 200 cm em altura), RN 4 (de 200 cm em altura e <5 cm DAP) e 38 indivíduos de Goupia glabra Aubl. (cupiuba) pertencentes ao arquivo (4cat). O material foi seco em estufa a 65C até atingir peso constante e moído até a consistência de pó. Para todo o arquivo de dados seis modelos estimam precisamente o peso, para RN 1 nenhum modelo, RN 2 oito modelos, RN 3 seis modelos, RN 4 um modelo e para o arquivo de dados de cupiuba dois modelos, sendo o afastamento entre a média observada e estimada menor que 5%. O uso de todo o arquivo de dados é mais consistente que o uso de equações para as diferentes categorias de tamanho. Para todo o arquivo de dados o modelo não linear com apenas uma variável independente, o diâmetro de colo, apresenta resultados tão consistentes e precisos quanto os modelos que incluem a variável altura total. Os indivíduos das categorias RN 1 e RN 2 não foram compartimentados, a RN 3 foi dividida em raízes e parte aérea e a RN 4 em raízes, caule e folhas. Os teores médios de carbono para as diferentes categorias e seus diferentes compartimentos são os seguintes: RN 1 e RN 2 (45,25% 0,07), RN 3 raízes (41,84% 0,10) e parte aérea (47% 0,05), RN 4 raízes (44,77% de 0,11), caule (46,05% 0,06) e folhas (47,37% 0,08). As médias ponderadas para esses teores são: RN 3 (46,05% 0,06), RN 4 (46,15% 0,07) e 4 cat (46,04% 0,07), todos a um IC 95%. Não foi possível pelo método de covariância (variáveis dummy) o uso de uma única equação para estimar biomassa seca total das diferentes categorias de tamanho de mudas. A equação gerada pelo modelo 6 para todo o banco de dados, pode ser utilizada para acompanhar a dinâmica do carbono da regeneração natural bem como ser utilizado, para estimar sequestro de carbono na fase inicial de plantios com espécies de florestas tropicais.

ASSUNTO(S)

regeneração natural reflorestamento sequestro de carbono distúrbios naturais natural regeneration reforestation carbon sequestration natural disturbances recursos florestais e engenharia florestal

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