Desenvolvimento de método para análise de acroleína-DNPH em alimento, ar expirado e ar ambiente utilizando SPME-GC/MS

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/05/2012

RESUMO

Os compostos carbonílicos (CC) são compostos altamente tóxicos. A exposição humana aos CC ocorre a partir da inalação de seus vapores, contato com a pele e ingestão através dos alimentos. Portanto, o conhecimento dos níveis de concentração dos compostos carbonílicos é de extrema importância para avaliações ambientais de contaminação e exposição, porém limita-se na maioria das vezes, apenas a concentração de formaldeído e, algumas vezes, de acetaldeído, deixando de lados outros poluentes não menos nocivos à saúde humana. Uma crescente preocupação tem sido em relação à exposição da população que passa a maior parte do dia em recintos fechados como, por exemplo, casas, escritórios, lojas e ambientes de lazer aos compostos carbonílicos. A exposição nestes ambientes torna-se mais crítica devido ao maior tempo de exposição e às elevadas concentrações de poluentes emitidas por diversas fontes. Neste trabalho, foi desenvolvido e validado um método de cromatografia gasosa para determinação de acroleína, um composto carbonílico tóxico, em amostras de ar expirado, ar ambiente e em alimentos fritos com diferentes tipos de óleo. Para a análise do ar expirado a curva analítica foi construída com um sistema de geração de padrão gasoso de acroleína através de um método de permeação . As análises foram efetuadas por cromatografia gasosa com detector de espectrometria de massas utilizando a técnica de microextração em fase sólida (SPME) com fibra de poliacrilato (PA). Foram desenvolvidos dois métodos de derivatização com 2,4-dinitrodenilhidrazina (2,4-DNPH) para a quantificação de acroleína por SPMEGC/MS, para a análise de alimentos a derivatização foi feita na solução de 2,4-DNPH e para as análises do ar expirado e do ar ambiente a derivatização foi feita na fibra de PA. As metodologias desenvolvidas foram validadas e aplicadas em amostras reais de ar expirado de dois grupos de indivíduos, fumantes e não fumantes. Os resultados obtidos apresentaram diferença estatisticamente significativa para os grupos de indivíduos fumantes e não fumantes. Em média a concentração de acroleína no ar expirado de indivíduos não fumantes foi menor quando comparada à dos indivíduos fumantes. No ar ambiente a concentração de acroleína foi maior nos estacionamentos devido à emissão de acroleína pela queima de combustíveis. A metodologia desenvolvida permitiu uma análise quantitativa de acroleína-DNPH em vários alimentos (batata, mandioca e lingüiça) fritos em diferentes tipos de óleos. Os valores encontrados neste estudo foram menores que o limite máximo estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - 2002, que especifica que a concentração de acroleína em alimentos não ultrapasse 40 µg/g. A concentração de acroleína foi menor em batata frita em óleo de soja, devido o menor teor de ácidos graxos insaturados presente neste óleo. Em mandioca e lingüiça a concentração de acroleína utilizando óleo de milho apresentou valores próximos indicando que a absorção do óleo independe do tipo de alimento. O método de microextração em fase sólida utilizado para amostragem e extração de acroleína nas diferentes matrizes mostrou-se adequada, considerando a simplicidade e rapidez no processo de análise. A cromatografia gasosa com espectrometria de massas proporcionou a seletividade, precisão, sensibilidade e confiabilidade exigidas para os estudos. Todos os resultados encontrados para estes parâmetros mostraram-se adequados para o propósito de estudo

ASSUNTO(S)

cromatografia de gás  teses.   química analítica teses.   acroleina teses.   alimentos  análise  teses.   análise ambiental teses.   química teses.  

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