Desempenho do processamento temporal em crianÃas portadoras de desvio fonolÃgico

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A audiÃÃo à uma das funÃÃes sensoriais que facilitam o contato entre o indivÃduo e o meio ambiente desempenhando papel fundamental integraÃÃo social. Os processos e mecanismos do sistema auditivo relacionam-se com a percepÃÃo dos sinais verbais e nÃo verbais da linguagem influenciando as funÃÃes elevadas do aprendizado. Considerando a importÃncia de caracterizar as habilidades de processamento auditivo para sons nÃo-verbais, foi realizada uma revisÃo de literatura sobre: o processamento auditivo, a sua avaliaÃÃo, as suas alteraÃÃes e a relaÃÃo entre o processamento auditivo temporal e as alteraÃÃes fonolÃgicas. Tal revisÃo fundamentou os experimentos realizados e a anÃlise dos dados obtidos. Este estudo foi descritivo, observacional e de corte transversal e teve como objetivos: verificar o desempenho da habilidade de processamento temporal em crianÃas portadoras de desvio fonolÃgico;caracterizar os resultados da avaliaÃÃo do processamento temporal em indivÃduos normais,usando os testes de detecÃÃo de Gaps aleatÃrios (click e tom) em relaÃÃo à freqÃÃncia e ao tempo; verificar a prevalÃncia de alteraÃÃes do processamento auditivo temporal em crianÃas portadoras de desvio fonolÃgico segundo sexo, idade, atendimento fonoaudiolÃgico; comparar o desempenho do processamento auditivo temporal de crianÃas com e sem desvio fonolÃgico; verificar a ocorrÃncia de dificuldades escolares nos portadores de alteraÃÃes do processamento temporal; comparar o desempenho dos participantes frente a estÃmulo verbal (teste de fala sem e com ruÃdo) e nÃo verbal (RGDT). A Ãrea de estudo foi uma clÃnica escola de Fonoaudiologia de uma universidade da cidade do Recife. Os participantes foram 36 voluntÃrios, com idades que variaram de 6 a 9 anos, de ambos os sexos, os quais foram divididos em dois grupos:portadores de desvio fonolÃgico (grupo 1) e sem desvio fonolÃgico (grupo 2). ApÃs a aceitaÃÃo da instituiÃÃo e a aprovaÃÃo no comità de Ãtica, os dados foram coletados por meio de uma anamnese, audiometria tonal e vocal (com e sem ruÃdo) e em seguida foram aplicados os testes de processamento temporal (RGDT). Para a anÃlise dos dados foi usado o SPSS 13 e tÃcnicas de estatÃsticas descritivas. Os resultados mostram limiares de detecÃÃo de Gaps maiores no grupo 1; a diferenÃa entre grupos foi significativa do ponto de vista estatÃstico para cada uma das freqÃÃncias testadas; nÃo houve influÃncia das variÃveis sexo, idade e sÃrie escolar; o tratamento fonoaudiolÃgico nÃo foi um fator determinante; as queixas de aprendizagem mais referidas foram dificuldade de leitura e dificuldade de compreensÃo; o desempenho para os testes nÃo verbais foram melhores que para os testes verbais no grupo 1, nÃo apresentando diferenÃa para o grupo 2. CrianÃas com desvio fonolÃgico fazem parte de uma populaÃÃo heterogÃnea e torna-se simplista tentar investigÃ-las por meio de um Ãnico instrumento. O sentido da audiÃÃo pode nÃo ser o Ãnico a estar comprometido, no entanto, à recomendado nÃo negligenciar a possibilidade deste tipo de comprometimento. A investigaÃÃo do processamento auditivo temporal pode contribuir com informaÃÃes valiosas tanto para o diagnÃstico quanto para o auxÃlio aos processos de aquisiÃÃo uma vez que se apresenta como prÃ-requisito para aquisiÃÃo das estruturas formais da lÃngua

ASSUNTO(S)

auditory processing hearing audiÃÃo processamento auditivo psicologia cognitiva desvio fonolÃgico phonological disorders

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