Desempenho de seis modelos de predição prognóstica em pacientes críticos que receberam suporte renal extracorpóreo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Não existe consenso sobre qual modelo prognóstico deva ser utilizado em pacientes com disfunção renal aguda (DRA). O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho de seis escores de prognóstico em pacientes que necessitaram de suporte renal. MÉTODO: Coorte prospectiva de pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI) de três hospitais terciários que necessitaram de suporte renal por DRA durante 32 meses. Foram excluídos os pacientes crônicos em programa de diálise ou com < 24h de internação na UTI. Os dados das primeiras 24h de UTI foram utilizados no cálculo do SAPS II e do APACHE II, e os dados das primeiras 24h de suporte renal foram utilizados no cálculo dos escores LOD, ODIN, Liaño e Mehta. A discriminação foi avaliada através da área sobre a curva ROC (AUROC) e a calibração através do teste do goodness-of-fit de Hosmer-Lemeshow. A letalidade hospitalar foi o desfecho de interesse. RESULTADOS: Quatrocentos e sesseta e sete pacientes foram incluídos e a letalidade hospitalar foi 75%. Os valores dos escores SAPS II, APACHE II e LOD foram 48,5 ± 11,2, 27,4 ± 6,3, 7 (5-8) pontos, respectivamente. A calibração foi adequada para todos os escores, com exceção do Mehta (p = 0,001). Entretanto, a discriminação foi ruim para todos os modelos, com AUROC variando entre 0,60 para o ODIN e 0,72 para o SAPS II e Mehta. Com exceção do Mehta, todos os modelos subestimaram a letalidade. CONCLUSÕES: Todos os seis modelos estudados foram inadequados na predição prognóstica de pacientes graves com DRA e necessidade de suporte renal.

ASSUNTO(S)

hemodiálise índices de gravidade de doença insuficiência renal aguda mortalidade prognóstico uti

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