Description of Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1825) (Atheriniformes: Atherinopsidae) larvae from the Jaguaribe River estuary, Itamaracá island, Northeastern Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Ichthyology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

O presente trabalho descreve a morfologia externa e a morfometria do desenvolvimento inicial de Atherinella brasiliensis, contribuindo para a ampliação do conhecimento biológico da espécie. Um total de 88 larvas e 14 juvenis foram empregados para a caracterização do desenvolvimento morfológico e a análise das relações corporais. Peixes com comprimento padrão (CP) de 1,4 a 77 mm foram usados no estudo. As larvas eclodem com CP médio de 1,4 mm. No estágio de pré-flexão, as larvas apresentam o corpo envolvido por uma membrana embrionária, a qual inicia atrás da cabeça. As nadadeiras peitorais são as primeiras a se formarem e larvas em pré-flexão apresentam quatro cromatóforos dendríticos característicos na cabeça. O estágio de flexão inicia com um CP de aproximadamente 4,4 mm, as nadadeiras dorsal e anal já apresentam pterigióforos e uma boca terminal, ligeiramente inclinada para cima. Com um CP de 6,8 mm, o estágio de flexão termina. No estágio de pós-flexão, as larvas apresentam uma maior ossificação dos raios das nadadeiras dorsal e anal, juntamente com o surgimento dos botões das nadadeiras pélvicas e o escurecimento da pigmentação lateral. Com um CP médio de 8,8 mm, a pigmentação da cabeça se intensifica e as nadadeiras pélvicas apresentam raios conspícuos em ossificação. Com 11,8 mm a larva já apresenta todas as nadadeiras formadas, a segunda dorsal sendo a última a ser formada, num ponto de inserção posterior ao da anal. O estágio juvenil inicia-se com aproximadamente 12 mm CP. Neste estágio, A. brasiliensis apresenta a nadadeira anal localizada na porção mediana do corpo, e a extremidade posterior das peitorais ultrapassam a origem das pélvicas, as quais estão localizadas no ponto médio entre as peitorais e a anal. Escamas estão presentes na região dorso-lateral, atrás da cabeça. As características morfológicas das larvas de A. brasiliensis descritas permitem sua adequada identificação, bem como as diferenciam daquelas de hemiramphídeos e outros atheriniformes, assim ampliando o conhecimento sobre a biologia larval da espécie.

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