Descrição espaço-temporal das epidemias de dengue em Cruzeiro, SP, em 2006 e 2011

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Objetivo: identificar padrões na distribuição espaço-temporal dos casos de dengue ocorridos no município de Cruzeiro, SP. Métodos: foi desenvolvido um estudo ecológico e exploratório utilizando ferramentas de análise espacial e com dados de casos de dengue obtidos do SinanNet. Foi feita uma análise por área, tomando-se como unidade o setor censitário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram analisados os meses de março a junho de 2006 e 2011, que mostraram o avanço da doença. Utilizou-se o programa TerraView 3.3.1; foram calculados os índices de Moran global, mês a mês, e o estimador de Kernel. Resultados: no ano de 2006, foram georreferenciados 691 casos de dengue (taxa de 864,2 casos/100 mil hab.); os índices de Moran e p-valores foram significativos nos meses de abril e maio (IM = 0,28, p=0,01; IM = 0,20, p=0,01) com densidades maiores nas regiões central, norte, nordeste e sul. Em 2011, foram geocodificados 654 casos (886,8 casos/100 mil hab.); os índices de Moran e p-valores foram significativos nos meses de março e abril (IM = 0,28, p=0,01; IM = 0,16, p=0,05) com densidades nas mesmas regiões de 2006. O índice de Moran global (IM) é uma medida global de autocorrelação espacial, que indica o grau de associação espacial no conjunto de informações a partir do produto em relação à média. O IM varia entre -1 e +1, e a ele pode ser atribuído um nível de significância (p-valor). O valor positivo aponta para uma autocorrelação espacial positiva ou direta. Conclusão: foi possível identificar padrões na distribuição espaço-temporal dos casos de dengue ocorridos no município de Cruzeiro, SP, e localizar os setores censitários onde a epidemia teve início e como evoluiu.

ASSUNTO(S)

dengue sistemas de informação geográfica vigilância epidemiológica estudo ecológico distribuição espacial da população

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