Descoberta e redescoberta de um espólio itinerante

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Nietzsche

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-01

RESUMO

Resumo O presente artigo visa apresentar as peculiaridades da interpretação de Giorgio Colli para o pensamento do eterno retorno, numa interpretação que não lhe imputa traço ético nem estético, e sim metafísico. Para tanto, trata-se de, em primeiro lugar, apresentar Parmênides como precursor do eterno retorno, invocando-se a circularidade do ser e da consciência; num segundo momento, trata-se de tomar o eterno retorno como um contato pré-racional, próprio do tempo que expressa a esfera da imediaticidade; num terceiro momento, evidencia-se a força do eterno retorno em sua carga contraditória e seu caráter agonístico. Ao final tem-se o eterno retorno, para Colli, como uma terceira verdade, com a qual Nietzsche pretendeu contrabalançar a verdade do vir-a-ser (primeira verdade) a suscitar a dor metafísica (segunda verdade).

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