Descalonamento, adequação antimicrobiana e positividade de culturas em pacientes sépticos: estudo observacional
AUTOR(ES)
Moraes, Rafael Barberena, Guillén, Julián Alberto Viteri, Zabaleta, William Javier Castillo, Borges, Flavia Kessler
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/09/2016
RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência de descalonamento antibiótico em pacientes com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico em hospital acadêmico, público e terciário, além da adequação antibiótica e da positividade de culturas. Métodos: Foram analisadas prevalência de descalonamento, adequação antibiótica e positividade de culturas entre portadores de sepse grave e choque séptico, entre abril e dezembro de 2013, em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário terciário. Resultados: Entre os 224 pacientes incluídos, o descalonamento era possível em 29,4% dos casos (66 pacientes), mas foi implementado em 19,6% deles (44 pacientes). Entre os pacientes que receberam descalonamento, metade foi por estreitamento de espectro antimicrobiano. A mortalidade foi de 56,3%, não havendo diferença entre pacientes com ou sem descalonamento (56,8% versus 56,1%; p = 0,999), assim como no tempo de internação. Terapia antimicrobiana empírica foi adequada em 89% dos casos. Houve isolamento de germe em 30% de todas as culturas e em 26,3% das hemoculturas. Conclusão: A taxa de adequação antibiótica empírica foi alta, refletindo ativa política institucional de monitorização do perfil epidemiológico e protocolos institucionais de uso de antimicrobianos. No entanto, o descalonamento antimicrobiano poderia ter sido maior do que o registrado. O descalonamento não impactou mortalidade.
ASSUNTO(S)
antibacterianos/administração & dosagem choque séptico/quimioterapia unidades de terapia intensiva
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